Conselheiros estão insatisfeitos com tempo dedicado a mudanças climáticas

17 mar 2025

Essa insatisfação sobre o tempo alocado também se aplica ao assunto "segurança cibernética e privacidade de dados", de acordo com estudo da EY que entrevistou mais de 100 conselheiros de administração atuantes no Brasil

Quase seis em cada dez conselheiros de administração que atuam no Brasil (58%) consideram insuficiente o tempo dedicado por eles a mudanças climáticas e gestão ambiental. O assunto "segurança cibernética e privacidade de dados" recebeu avaliação negativa semelhante, com 56% apontando essa insuficiência de dedicação, de acordo com o estudo “Prioridades dos Conselhos de Administração para 2025 nas Américas”, elaborado pela EY, que entrevistou mais de 100 conselheiros atuantes no Brasil. De forma geral, considerando a média das Américas, 42% dos entrevistados querem que os Conselhos dediquem mais tempo à segurança cibernética e privacidade de dados. Já 37% desejam que os Conselhos deem mais atenção ao tema “mudanças climáticas e gestão ambiental”.

Ainda que esses dois assuntos sejam prioridades dos conselheiros para este ano, com segurança cibernética entre as três maiores e mudanças climáticas na oitava posição, os conselheiros não estão satisfeitos com o tempo dedicado a eles, desejando obter mais informações e recursos internos e externos. A COP30, que será realizada neste ano no Brasil, está no radar das empresas, o que por consequência se estende aos conselheiros de administração. Paralelamente a esse evento, há pressão cada vez maior por parte dos investidores para que as empresas divulguem com transparência e objetividade suas iniciativas de sustentabilidade, incluindo os resultados obtidos até aqui e os previstos para o futuro.

“Efeitos climáticos mais severos afetaram as empresas brasileiras em 2024, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a interrupção de fornecimento de energia em São Paulo, as secas que impediram o transporte fluvial na região Norte e incêndios ameaçando o agronegócio. Esses eventos fizeram com que os conselheiros questionassem se estão tendo tempo e recursos adequadamente dimensionados à gestão climática e ambiental”, diz Andréa Fuga, sócia-líder de Avaliações, Modelagem e Consultoria Econômica da EY para América Latina. “É possível que esses sejam temas com o menor domínio por parte dos conselheiros, motivo pelo qual sentem a necessidade de ampliar seu conhecimento, dedicando mais tempo e obtendo mais informações provenientes de suas empresas e de terceiros”, completa.

Fraudes cibernéticas

No campo da segurança cibernética, a preocupação das empresas é com o aumento do número de fraudes, o que pode resultar na exposição indevida dos dados dos clientes, e com ataques cibernéticos. Conforme demonstrou estudo recente da EY-Parthenon, as guerras globais aumentam o risco de ataques cibernéticos para as empresas em 2025. Isso porque elas podem ficar nesse fogo cruzado, sofrendo com impactos indiretos em suas operações em caso de ataque cibernético a infraestruturas críticas de um país ou de uma região, como transporte e rede de energia. Já as organizações que atuam em setores estratégicos, como inteligência artificial e fabricação de semicondutores, bem como as que lidam com volumes vastos de dados pessoais sensíveis, correm o risco de sofrer ataques cibernéticos diretos.

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