A climber on a rocky wall over clouds in the valley below at dawn

Encontro de Gestores de Risco: Tendências para 2023

Os profissionais de Gestão de Riscos vêm sendo cada dia mais desafiados a antecipar ameaças e gerar efetivo valor para as decisões de negócio.

Por Luiz Humberto Fernandes, Executive Director da EY e Rodrigo Olyntho, Senior Manager da EY

Acomplexidade para monitorar proativamente movimentos de mercado, econômicos e geopolíticos associados a incertezas sobre os desdobramentos de cenários pós-pandemia, à guerra entre Rússia e Ucrânia e mudanças climáticas aumentam ainda mais a pressão para que os riscos sejam mapeados, discutidos e endereçados de forma eficiente, coordenada e conectada diretamente à estratégia.

Somadas a um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, as pressões pela eficiência operacional, diminuição de custos e aumento de receitas e margens elevam a importância de uma gestão de riscos mais integrada, que conecte riscos das atividades, operações, processos e corporativos, para gerar insights que favoreçam o alcance de objetivos estratégicos, considerando seu desdobramento interno na organização.

Além disso, observamos que a maior integração entre as funções de Gestão de Riscos, Controles Internos, Compliance e Auditoria Interna traz mais assertividade, fundamentação e coerência nas análises de risco que são apresentadas para a alta administração e tratadas pelo negócio.

Algumas das tendências que trazemos neste artigo foram insights do Encontro de Gestores de Risco, promovido pela EY Brasil no último trimestre de 2022, que reuniu diversos profissionais das áreas de riscos e continuidade de negócios de grandes empresas nacionais e multinacionais de diversos setores da economia. Neste evento, foram debatidos de forma aberta boas práticas, lições aprendidas e cases de sucesso, de empresas como Natura &Co, Braskem, Petrobras e Grupo CCR. Como resultado, trazemos reflexões e pontos de vista, que podem contribuir no direcionamento do papel da gestão de riscos como uma alavanca estratégica.

Para trazer o tema de forma prática, complementamos este artigo com os principais riscos que as 203 empresas integrantes do segmento do Novo Mercado da B3 reportaram em 2022 em seus respectivos formulários de referência para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Organizamos os mais de 9,5 mil registros em 25 Grupos de Fatores de Risco.

Nesta jornada de amadurecimento, a EY vem apoiando diversas organizações ao redor do mundo, moldando soluções, customizando metodologias e trazendo práticas líderes de mercado para suportar, de forma prática, o balanceamento entre a performance e os riscos, trazendo insights para a conquista de objetivos e gatilhos para acionamento de contingências e redirecionamento estratégico do negócio. 

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Introdução

5 Principais Tendências para Gestão de Riscos Corporativos 2023

A partir das discussões com gestores de riscos de diversas empresas, é possível refletir sobre os desafios que a gestão de riscos tem pela frente para evoluir e se tornar cada vez mais integrada aos diversos níveis de governança da organização, trazendo uma visão pragmática da exposição dos riscos e de como estão sendo tratados e mitigados pela administração do negócio.

Os insights relacionados aos riscos corporativos vêm sendo mais valorizados e demandados pelos líderes dos negócios e membros de Conselhos de Administração.

A EY atua, entre outros serviços, no assessoramento para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de programas de gestão de riscos corporativos, controles internos, compliance e auditoria interna em diversas grandes empresas do mundo. Com isso, observamos muitas demandas similares e dores em comum. Em linha com nossa missão institucional de contribuir para um mundo de negócios melhor, realizamos anualmente o Encontro de Gestores de Risco, evento que tem o objetivo de disseminar práticas maduras de gestão de riscos, compartilhar cases de sucesso e promover o networking entre os profissionais que atuam nessa agenda.

último Encontro de Gestores de Riscos, em outubro de 2022 contou com a participação de diversas grandes empresas que atuam no Brasil. Convidamos os participantes a navegarem no mundo dos negócios, utilizando a gestão de riscos e continuidade como uma alavanca estratégica para enfrentar intempéries e tempestades e conduzir suas embarcações, em segurança, ao destino planejado.

Neste ano, tivemos a oportunidade de ouvir Mercedes Stinco, Diretora Global de Riscos e Controles da Natura &Co, Gustavo Laranja, Head de Riscos e Continuidade de Negócios da Braskem, Giuliano Carrozza, Gerente Executivo de Riscos Empresariais da Petrobras, e Luiz Nascimento, Gerente de Gestão de Riscos do Grupo CCR, que compartilharam um pouco de suas experiências na jornada de gestão de riscos nas suas empesas.

A partir dessas discussões, trazemos de forma consolidada o que consideramos as tendências para os programas de gestão de riscos e de continuidade de negócios aumentarem seu valor para o negócio e contribuirem ainda mais para o alcance de metas estratégicas:

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Capítulo 1

1 Capítulo 1 Incorporar a Gestão de Riscos Corporativos na estratégia do negócio e no processo decisório

A contribuição dos Programas de Gestão de Riscos Corporativos mais maduros vem sendo cada vez mais reconhecida pela Alta Administração, seja nas discussões no C-Level, sejam nos reportes aos Comitês e Conselhos de Administração.

O movimento de incorporação da Gestão de Riscos Corporativos na estratégia do negócio não é algo novo, mas vem amadurecendo e está cada vez mais presente nas grandes empresas que atuam no país.

O aprimoramento dos processos de gestão de riscos de forma a adequar seus reportes aos respectivos níveis de governança e trazer informações de riscos alinhadas às respectivas alçadas de decisão, do gestor mais operacional até o líder executivo do negócio, estão resultando no reforço da relevância da Gestão de Riscos para o negócio, fornecendo insights certos para as tomadas de decisão em todos os níveis de governança da organização.

O patrocínio da Alta Administração é um dos aspectos mais importantes para incorporar a Gestão de Riscos Corporativos na estratégia do negócio e no processo decisório. Os programas de Gestão de Riscos Corporativos que refletem o “Tom do Topo” apresentam engajamento dos gestores e participação ativa nos processos de gerenciamento de riscos, cujos resultados são usados em decisões e definições/revisões de estratégia de negócio.

Também observamos uma evolução na participação da Gestão de Riscos Corporativos da análise de portfólio e de iniciativas estratégicas do negócio, fortalecendo as discussões de evolução e revisão de direcionamento, a partir de insights sobre a exposição dos riscos associados aos respectivos projetos e realização de CAPEX.

Um tema que deve ser muito debatido nas organizações de uma forma geral é o apetite ao risco das organizações. Uma vez que os riscos corporativos são mapeados e discutidos, é importante entender qual o apetite da organização para se expor àqueles cenários, porque a partir desse entendimento é possível um direcionamento mais assertivo do processo decisório. Nos trabalhos de Gestão de Riscos Corporativos, normalmente recomendamos 4 níveis de apetite ao risco, mas esse número pode variar, dependendo da organização. Os 4 níveis são:

  • Aberto – maior flexibilidade para assumir riscos e possíveis impactos, de acordo com o Planejamento Estratégico e frente ao retorno esperado para a organização. Para esses riscos, é sugerido o estabelecimento de gatilhos para revisão de planos, estratégias e iniciativas, a partir da variação das principais premissas estabelecidas.
  • Cauteloso – preferência por opções seguras, apresenta flexibilidade para assumir riscos quando justificada, considerando casos e condições que favorecem os resultados da organização. Para esses riscos, é sugerido o melhor entendimento de processo, riscos e controles associados para redução de incertezas relacionados ao alcance dos objetivos estratégicos e potenciais impactos na reputação da organização.
  • Mínimo – busca pela mínima exposição possível, flexibilidade para assumir riscos altamente justificada, considerando casos e condições muito específicas (exceções). Para esses riscos, é sugerido o monitoramento contínuo de riscos e controles, bem como planos de resposta estruturados, testados e aprimorados, quando aplicável.
  • Avesso - os impactos devem ser evitados a todo custo pela organização e não serão aceitos em nenhum caso ou condição. Para esses riscos, é sugerido além do entendimento do processo, riscos, controles e da estruturação de planos de resposta, que estes sejam sujeitos a avaliações independentes periódicas, de forma a estabelecer um processo de monitoramento e melhoria contínua, evitando, ao máximo, incertezas.
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Capítulo 2

Usar tecnologia e análise de dados para identificação e gestão de riscos corporativos

A inclusão em maior escala de tecnologia é uma das tendências para o aprimoramento de programas de Gestão de Riscos Corporativos mais maduros

O uso de dados do negócio para identificação e gestão dos riscos ainda é um desafio, visto que a parte significativa não é estruturada e sua gestão é bem pulverizada nas organizações, o que dificulta o acesso, a atualização e consolidação dessas informações.

A estruturação de métricas e de dados internos e externos relacionados aos negócios tende a ser um caminho que as organizações devem seguir na busca pelo estabelecimento de indicadores de risco. A expectativa é que, em um curto espaço de tempo, as organizações passem a usar dados estruturados diretamente na gestão de riscos, monitorando em tempo real a exposição, além de estabelecer gatilhos automáticos de acionamento de planos de contingência, quando algum indicador ultrapassar o limite tolerado pela organização.

A partir do Apetite ao Risco associado às métricas estabelecidas para o monitoramento de cada um dos riscos, sugerimos que os níveis de tolerância sejam discutidos, considerando:

  • O que está dentro da normalidade – valor do indicador está dentro dos limites estabelecidos, sugerindo que o risco está sob condições controladas, entendidas como normais na instituição;
  • Alerta – valor maior ou menor da normalidade, porém ainda dentro do tolerado pela organização, sinaliza ao gestor a necessidade de análises para melhoria de processos e de ajuste de procedimentos e direcionamentos;
  • Acionamento – valor acima dos níveis tolerados, atua como gatilho para acionamento de planos de gestão de crise.  Demanda ação imediata de resposta e contingência.

Além da quantificação e criação de indicadores para monitoramento dos riscos, existe uma tendência em aumentar o uso de ferramentas para captura, registro e armazenamento. Existem diversos sistemas que podem suportar o processo de gestão de riscos, mas é importante que seja avaliado o que melhor se adequa ao modelo implementado e a dinâmica da organização, porque uma escolha equivocada de um software pode impactar os resultados da Gestão de Riscos Corporativos como um todo.

Uma tendência mais de longo prazo que estamos observando é o uso de inteligência artificial para suportar a análise de dados relacionados à gestão de riscos, capturas automáticas de dados públicos e adquiridos pelas organizações, considerando machine learning para gerar insights, alertas e relatórios automáticos.

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Capítulo 3

Integrar as funções de risco, para que atuem com sinergia e aumentem a proteção do negócio

A sinergia que pode ser gerada a partir da integração das funções de risco, considerando a Gestão de Riscos Corporativos, Controles Internos, Compliance e Auditoria Interna tende a ser uma busca das organizações, neste ano.

A gestão integrada de riscos favorece o engajamento com as áreas de negócio, traz mais robustez para o gerenciamento de riscos, eficácia do ambiente de controles e alternativas relevantes para composição do plano anual de auditoria interna, bem como nos ajustes das exposições de risco, a partir dos resultados dos testes de controle e barreiras de risco existentes.

A seguir, apresentamos uma tendência de situação futura, que ilustra a integração entre as funções de risco.

A visão futura considera uma integração de processos e sistemas, que permita aos gestores de negócio realizar análises avançadas para reporte e monitoramento de riscos, criar um ecossistema de riscos para o negócio como um todo, considerando todos seus níveis, desde o mais operacional até o mais estratégico, auxilia no alinhamento da taxonomia dos riscos, bem como uma avaliação ainda mais dinâmica dos riscos. Além disso, favorece o tratamento e o estabelecimento de respostas de forma coordenada para os riscos, desdobramento de orientações executivas até sua efetiva execução.

A integração das linhas de defesa favorece a otimização de custos e de investimentos para aprimorar ainda mais o programa de gestão integrada de riscos.

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Capítulo 4

Integrar a agenda ESG com a gestão de riscos corporativos

A agenda ESG (Environmental, Social and Governance) está sendo muito discutida nas organizações e tem ganhado muita relevância no mercado como um todo.

A agenda ESG busca identificar impactos das operações no meio ambiente, na sociedade e como sua governança atua de forma a gerenciá-los. A Gestão de Riscos Corporativos se concentra na identificação, avaliação e tratamento de riscos, que podem resultar em variação dos objetivos estratégicos estabelecidos.

A integração entre agenda ESG e a Gestão de Riscos Corporativos ajudará as organizações a identificarem possíveis eventos que podem impactar o meio ambiente, a sociedade e sua Governança Corporativa e incorporá-los à sua nos processos de gerenciamento de riscos corporativos, o que favorece a identificação e mitigação de riscos, que podem impactar negativamente a reputação, desempenho financeiro e sustentabilidade de uma forma geral. Além disso, incorporar as considerações da agenda ESG à Gestão de Riscos Corporativos pode fortalecer a identificação de oportunidades de crescimento e inovação alinhadas com suas metas ESG.

Em resumo, a tendência é que a integração entre a agenda ESG e a Gestão de Riscos Corporativos auxilie as organizações não apenas no gerenciamento de potenciais riscos, mas também no entendimento mais profundo do impacto de suas operações no meio ambiente, na sociedade e sobre como sua Governança Corporativa está adequada para endereçá-los, e assim buscar alinhar a estratégia do negócio às suas metas ESG.

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Capítulo 5

Estabelecer estratégia, protocolos e planos de gestão de crise e continuidade de negócio integrados com a gestão de riscos corporativos

Para enfrentar uma crise e continuar os negócios de forma assertiva e tempestiva, é importante que sejam estruturados protocolos e planos específicos para resposta a emergências, gestão de crises e recuperação de desastres, alinhados aos riscos conhecidos e processos críticos de todo o negócio.

Grande parte das organizações ainda possui estruturas de Gestão de Riscos Corporativos apartadas das áreas de Gestão de Crise e Continuidade de Negócios, mas cada vez mais estamos caminhando em uma direção que integra esses temas, que considera, entre outros aspectos, como os eventos de interrupção se desdobram na prática e como podemos nos antecipar e nos preparar para enfrentá-los. Para ilustrar melhor esses tempos e movimentos, organizamos o desdobramento de um evento na linha do tempo abaixo.

A partir do entendimento dos riscos de maior impacto e maior exposição, é possível desenvolver estratégias e protocolos para o gerenciamento de crises e planos para continuidade de negócios, considerando os cenários com maior probabilidade e impacto para os negócios, aprofundando o entendimento de processos e sistemas críticos para os resultados do negócio, tempo máximo de interrupção tolerável e tempo ótimo de retorno.

A estratégia de gestão de continuidade de negócios deve ainda considerar o momento, sua abrangência, a priorização de cenários de interrupção/crise, bem como a dinâmica de resposta.

  • Momento – a estratégia de Gerenciamento de Continuidade deve ser estruturada de forma prévia à ocorrência de um evento adverso. Serve para suportar as organizações na prevenção dos eventos, na resposta imediata de emergências e crises (curto prazo) e na continuidade/recuperação do negócio (médio e longo prazos);
  • Abrangência – deve contemplar o planejamento operacional e impactos sobre pessoas, ativos, reputação e finanças da organização, considerando as características e cultura regionais e globais de cada negócio;
  • Priorização – deve priorizar os eventos de maior impacto para a organização, considerando os elementos que são efetivamente críticos para proteção dos resultados corporativos, como: ativos, processos, atividades, recursos, infraestrutura e pessoas;
  • Dinâmica – deve ser objetiva, simples e direta, relacionada aos objetivos da organização. Pode envolver múltiplas áreas, que devem ter autonomia dentro de sua responsabilidade para o estabelecimento de planos de remediação e protocolos de resposta.

A integração das ações para gestão de riscos corporativos e gestão de crises e continuidade de negócios proporciona aos gestores uma visão estruturada do que pode ser feito antes, durante e após um evento adverso nos negócios.

  • Antes dos Eventos Adversos, a capacidade de identificar e prevenir as ameaças, com preparação, análise de ambientes internos e externos, avaliação de ameaças ao negócio e capacitação de equipes. 
  • Durante os Eventos Adversos, a capacidade de responder aos eventos adversos e crises de forma rápida, com planos de gestão e ações de mitigação dos impactos, visando uma resposta rápida e eficaz.
  • Após os Eventos Adversos, a capacidade de lidar com as partes interessadas, enquanto se mantém o negócio funcionando conforme os objetivos estratégicos. Administrar a comunicação e imagem da empresa, aprender com os impactos e reformular o negócio, de maneira que se aprimorem os planos de mitigação e contingência.

Alguns benefícios da integração entre gestão de riscos, crises e continuidade de negócios são:

  • Favorece a sinergia de estrutura, sistemas e processos, reduzindo potenciais redundâncias e ambiguidades no direcionamento efetivo, abrangente e estratégico da gestão da crise;
  • Favorece o entendimento de eventos que podem resultar em crise, discussão tempestiva de potenciais ações de resposta, bem como estabelecimento de protocolos e realização de testes e simulados de preparação;
  • Favorece o estabelecimento de indicadores e gatilhos para o acionamento de Comitês de Crise, com composição específica de acordo com a sua natureza (Ex.: mercado, pandemia, ataques cibernéticos, desastres etc.);
  • Favorece a definição de conceitos de problemas, incidentes e crises alinhadas à visão estratégica de flexibilidade para exposição a riscos da organização;
  • Favorece o monitoramento de cenários de crise de exposição relevante para a organização, bem como de riscos residuais de alto impacto, aumentando a proteção e resiliência para enfrentar eventos adversos.

Os desafios para o aprimoramento dos programas de Gestão de Riscos Corporativos são os mais diversos e variam de acordo com o nível de maturidade de cada organização. 

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Capítulo 6

Principais Riscos Corporativos 2023 reportados no Novo Mercado da B3

Todos os anos, as empresas listadas no Novo Mercado da B3 publicam seus Formulários de Referência, contendo informações sobre incertezas conhecidas que podem influenciar a estratégia, a execução do plano de negócio e o alcance dos objetivos da organização.

Neste exercício, organizamos os mais de 9,5 mil fatores de risco presentes nos 203 Formulários de Referência, que após analisados foram separados em 25 grupos distintos. Para ordená-los por relevância, consideramos o volume de fatores de risco por grupo, os com maior número de fatores de risco considerados mais relevantes, foco de preocupações e atenção por parte dos administradores dos respectivos negócios.

Os grupos a seguir estão organizados, considerando a ordem dos que têm o maior volume de fatores de risco para os que têm menos.

Assim, os 25 Grupos de Fatores de Risco são:

  1. Ambiente econômico e do mercado: movimentos de mercado e sua volatilidade, considerando taxas de juros, câmbio, recessão econômica e mudanças no comportamento dos consumidores;
  2. Performance dos negócios: cumprimento de metas estratégicas e alcance dos resultados corporativos planejados, considerando fatores internos (controlados) e externo (não controlados) das organizações;
  3. Performance das operações: interrupções não programadas do negócio e acidentes, considerando falhas humanas nos processos, greves e impactos na cadeia de suprimentos das organizações;
  4. Finanças e caixa: Desbalanceamento do fluxo de caixa, baixa performance dos processos financeiros e dificuldade em obter recursos no mercado financeiro;
  5. Interesses dos acionistas: incertezas sobre os dividendos e flutuações no mercado de capitais;
  6. Atendimento a regras regulatórias: cumprimento das regras regulatórias relacionados aos licenciamentos e autorizações de operação, bem como na sua manutenção e mudanças associadas às regulamentações dos respectivos negócios;
  7. Gestão de terceiros: atuação de terceiros em parceira ou a serviço da empresa, que podem impactar negativamente a organização;
  8. Atendimento à legislação e disputas judiciais: decisões judiciais, mudanças de legislação e atendimento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  9. Influência do governo: influência exercida nos respectivos setores da economia, mudanças políticas e no direcionamento de iniciativas públicas, que podem impactar o negócio;
  10. Resultados de empresas do grupo: performance de subsidiárias, controladas ou investidas, que impactam nos resultados consolidados;
  11. Tecnologia da informação: segurança cibernética, bem como incertezas relacionadas à inovação e acompanhamento da evolução tecnológica;
  12. Imagem e reputação: repercussões negativas relacionadas às marcas, com impacto direto na imagem da empresa e sua reputação junto aos respectivos públicos de interesse;
  13. Recursos humanos: atração e retenção de profissionais, planos de sucessão e turnover voluntário de pessoas-chave;
  14. Desvios de conduta: atitudes ilícitas, como assédio, fraude, corrupção, suborno, lavagem de dinheiro, entre outras;
  15. Atendimento a regras tributárias: cumprimento das regras tributárias e fiscais, bem como mudanças que resultem em aumento de tributação;
  16. Aumento da concorrência: ambiente de negócios mais competitivo ou perda de market share;
  17. Conflitos de interesse com partes relacionadas: divergência ou interesses conflitantes das partes relacionadas do negócio;
  18. Ameaças à saúde: novos surtos, epidemias e pandemias;
  19. Inadimplência: incertezas relacionadas a receitas oriundas de pagamentos de clientes;
  20. Cobertura de seguros: níveis de cobertura e abrangência dos seguros contratados;
  21. Meio ambiente e sociedade: degradação do meio ambiente e das relações com a sociedade causadas pelas operações da empresa;
  22. Governança corporativa: ineficiência dos processos de governança e conformidade, bem como das funções de risco (Controles Internos, Gestão de Riscos, Compliance e Auditoria Interna) na proteção do negócio;
  23. Fenômenos da natureza: mudanças climáticas, desastres geológicos e demais eventos resultantes de ações da natureza;
  24. Desdobramentos da COVID-19: incertezas sobre os desdobramentos dos efeitos pós-pandemia nos respectivos negócios;
  25. Concentração de receita: limitação de clientes geradores de receita para o negócio.

De uma forma geral, o ambiente econômico e do mercado traz o maior volume de fatores de risco – cerca de 13% do total. Esses fatores apontam impactos de uma possível recessão econômica, eventuais desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como os contextos econômicos divergentes na América, Europa e Ásia.

Outros pontos de destaque estão relacionados à performance dos negócios e performance das operações, com 11% e 10% respectivamente do volume total de fatores de risco. Esses fatores consideram eventos que podem impactar diretamente a capacidade da organização para cumprir sua visão e missão; gerar o resultado de dar o retorno esperado; realizar suas atividades com excelência, zelando pela segurança de seus funcionários e terceiros; além da sua capacidade para responder a interrupções não programadas de operações e a indisponibilidades da cadeia de fornecimento de forma tempestiva, organizada e exercitada.

A gestão de terceiros, com 5% do volume de fatores de risco, é um tema que vem ganhando relevância e foco de muitas empresas. A tendência é que, neste ano, a gestão de risco relacionada a essa temática ganhe ainda mais atenção para mitigação, monitoramento e tratamento.

Os desdobramentos dos impactos da pandemia de COVID-19 também foram abordados nos formulários de referência. Trata da preocupação acerca da extensão de seus efeitos no desenvolvimento dos negócios e operações e dos modelos híbridos de trabalho.

Quando observamos os grupos sob o prisma de setor, é possível perceber uma série de particularidades no ranqueamento dos 25 Grupos de Fatores de Risco, o que demonstra, em certa medida, temas que são mais relevantes para cada um dos tipos de negócio.

Para entender cada característica, segregamos os dados em 11 setores:

  • Bancos e Mercados de Capitais (Serviços Financeiros e Private Equity)
  • Bens de consumo e Varejo
  • Energia e Recursos
  • Governo e Setor Público
  • Imóveis e Construções
  • Manufatura avançada e Mobilidade
  • Mineração e Metais
  • Óleo e Gás
  • Saúde e Bem-estar
  • Seguros
  • Tecnologia, Mídia, Entretenimento e Telecomunicações (TMT)

A partir dessa segmentação apresentamos uma perspectiva dos principais grupos de fatores de risco por setor.


Manufatura avançada e Mobilidade

Este setor concentra quase 60% dos fatores de risco nos 5 primeiros grupos. A deterioração das condições econômicas e de mercado em países e regiões de atuação e a volatilidade de câmbio são riscos externos relevantes, mas internamente, riscos de descontinuidade e de não ter capacidade para gerar os resultados esperados devem ser foco da administração dos negócios de forma a se antecipar, mitigar e estar preparada para eventuais eventos adversos dessas naturezas.

Tabela 1

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Ambiente econômico e do mercado

2

Performance das operações

3

Performance dos negócios

4

Finanças e caixa

5

Interesses dos acionistas

6

Gestão de terceiros

7

Atendimento a regras regulatórias

8

Atendimento à legislação e disputas judiciais

9

Influência do governo

10

Resultado das empresas do grupo

11

Tecnologia da informação

12

Imagem e reputação

13

Recursos humanos

14

Atendimento a regras tributárias

15

Desvio de conduta

16

Aumento da concorrência

17

Cobertura de seguros

18

Conflitos de interesse com partes relacionadas

19

Ameaças à saúde

20

Fenômenos da natureza

21

Concentração de receita

22

Meio ambiente e sociedade

23

Governança corporativa

24

Inadimplência

25

Desdobramentos da COVID-19

Bancos, Mercados de Capitais (Serviços Financeiros e Private Equity)

No setor financeiro, cerca de 32% dos fatores de risco estão representados nos 3 primeiros grupos. A performance dos negócios e das operações, associadas ao ambiente econômico e de mercado, são grandes preocupações dessas empresas.

Tabela 2

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Performance dos negócios

2

Ambiente econômico e do mercado

3

Performance das operações

4

Finanças e caixa

5

Interesses dos acionistas

6

Atendimento à legislação e disputas judiciais

7

Influência do governo

8

Atendimento a regras regulatórias

9

Tecnologia da informação

10

Recursos humanos

11

Imagem e reputação

12

Gestão de terceiros

13

Resultado das empresas do grupo

14

Aumento da concorrência

15

Inadimplência

16

Atendimento a regras tributárias

17

Conflitos de interesse com partes relacionadas

18

Desvio de conduta

19

Ameaças à saúde

20

Cobertura de seguros

21

Governança corporativa

22

Desdobramentos da COVID-19

23

Concentração de receita

24

Meio ambiente e sociedade

25

Fenômenos da natureza

Bens de consumo e varejo

Quase 50% dos fatores de risco do setor de bens de consumo de varejo estão representados nos 5 primeiros grupos, dentre os quais destacamos a gestão de terceiros, que foi um tema muito abordado, com cerca de 7% do total de fatores de risco.

Tabela 3

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado.

1

Ambiente econômico e do mercado

2

Performance dos negócios

3

Performance das operações

4

Gestão de terceiros

5

Finanças e caixa

6

Interesses dos acionistas

7

Atendimento a regras regulatórias

8

Imagem e reputação

9

Tecnologia da informação

10

Atendimento à legislação e disputas judiciais

11

Influência do governo

12

Recursos humanos

13

Desvio de conduta

14

Atendimento a regras tributárias

15

Resultado das empresas do grupo

16

Aumento da concorrência

17

Ameaças à saúde

18

Cobertura de seguros

19

Conflitos de interesse com partes relacionadas

20

Meio ambiente e sociedade

21

Inadimplência

22

Desdobramentos da COVID-19

23

Governança corporativa

24

Fenômenos da natureza

25

Concentração de receita

Governo e Setor Público

Em Governo e Setor Público, mais de 60% dos fatores de risco estão associados à performance e atendimento a regras legais e regulatórias, além de questões ligadas à liquidez e fluxo de caixa. 

Tabela 4

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Performance das operações

2

Performance dos negócios

3

Atendimento a regras regulatórias

4

Finanças e caixa

5

Atendimento à legislação e disputas judiciais

6

Ambiente econômico e do mercado

7

Interesses dos acionistas

8

Meio ambiente e sociedade

9

Cobertura de seguros

10

Conflitos de interesse com partes relacionadas

11

Fenômenos da natureza

12

Influência do governo

13

Tecnologia da informação

14

Ameaças à saúde

15

Atendimento a regras tributárias

16

Desdobramentos da COVID-19

17

Desvio de conduta

18

Cobertura de seguros

19

Aumento da concorrência*

20

Concentração de receita*

21

Gestão de terceiros*

22

Governança corporativa*

23

Imagem e reputação*

24

Recursos Humanos*

25

Resultado das empresas do grupo*

* não citados

Saúde e Bem-estar

No setor de saúde e bem-estar, que engloba grandes redes de hospitais, planos de saúde e indústrias farmacêuticas, há uma preocupação mais acentuada no ambiente econômico e do mercado, o que se reflete no volume de fatores de risco neste grupo – cerca de 14% dos registros. 

Tabela 5

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Ambiente econômico e do mercado

2

Performance das operações

3

Performance dos negócios

4

Finanças e caixa

5

Atendimento a regras regulatórias

6

Gestão de terceiros

7

Atendimento à legislação e disputas judiciais

8

Interesses dos acionistas

9

Influência do governo

10

Recursos humanos

11

Imagem e reputação

12

Meio ambiente e sociedade

13

Desvio de conduta

14

Tecnologia da informação

15

Resultado das empresas do grupo

16

Atendimento a regras tributárias

17

Aumento da concorrência

18

Conflitos de interesse com partes relacionadas

19

Fenômenos da natureza

20

Governança corporativa

21

Inadimplência

22

Ameaças à saúde

23

Cobertura de seguros

24

Desdobramentos da COVID-19

25

Concentração de receita

Seguros

No setor de Seguros, os resultados de empresas do grupo e a performance de suas operações representam 25% dos fatores de risco analisados neste estudo. Seguidos pelas incertezas relacionadas aos interesses dos acionistas e à performance do negócio como um todo, que somadas são 30% do total de fatores de risco deste setor.

Tabela 6

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Resultado das empresas do grupo

2

Performance das operações

3

Interesses dos acionistas

4

Performance dos negócios

5

Ambiente econômico e do mercado

6

Atendimento à legislação e disputas judiciais

7

Finanças e caixa

8

Influência do governo

9

Atendimento a regras regulatórias

10

Desvio de conduta

11

Gestão de terceiros

12

Recursos humanos

13

Cobertura de seguros

14

Tecnologia da informação

15

Aumento da concorrência

16

Inadimplência

17

Desdobramentos da COVID-19

18

Meio ambiente e sociedade

19

Atendimento a regras tributárias

20

Concentração de receita

21

Governança corporativa

22

Ameaças à saúde

23

Fenômenos da natureza

24

Conflitos de interesse com partes relacionadas

25

Imagem e reputação

Mineração e Metais

No setor de Mineração e Metais, os mais relevantes são os riscos relacionados à performance operacional, gestão da continuidade de negócios e crise, com quase 20% do total de fatores de risco das empresas.

Tabela 7

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Performance das operações

2

Ambiente econômico e do mercado

3

Interesses dos acionistas

4

Finanças e caixa

5

Performance dos negócios

6

Influência do governo

7

Atendimento a regras regulatórias

8

Meio ambiente e sociedade

9

Atendimento à legislação e disputas judiciais

10

Fenômenos da natureza

11

Recursos humanos

12

Atendimento a regras tributárias

13

Gestão de terceiros

14

Imagem e reputação

15

Resultado das empresas do grupo

16

Aumento da concorrência

17

Cobertura de seguros

18

Conflitos de interesse com partes relacionadas

19

Tecnologia da informação

20

Desvio de conduta

21

Governança corporativa

22

Ameaças à saúde

23

Concentração de receita

24

Desdobramentos da COVID-19*

25

Inadimplência*

* não citados

Óleo e Gás

No setor de Óleo e Gás, mais da metade dos fatores de risco estão associados aos 5 primeiros grupos, com destaque para a performance de operações e dos negócios, somados a incertezas do ambiente econômico e de mercado, que representam 36% do total de fatores de risco analisados para este setor.

Tabela 8

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Performance das operações

2

Ambiente econômico e do mercado

3

Performance das operações

4

Finanças e caixa

5

Interesses dos acionistas

6

Atendimento a regras regulatórias

7

Influência do Governo

8

Atendimento à legislação e disputas judiciais

9

Gestão de terceiros

10

Resultado das empresas do grupo

11

Tecnologia da informação

12

Ameaças à saúde

13

Concentração de receita

14

Governança corporativa

15

Meio ambiente e sociedade

16

Recursos humanos

17

Atendimento a regras tributárias

18

Aumento da concorrência

19

Conflitos de interesse com partes relacionadas

20

Imagem e reputação

21

Desvio de conduta

22

Cobertura de seguros

23

Desdobramentos da COVID-19

24

Fenômenos da natureza

25

Inadimplência

Energia e Recursos

No setor de Energia e Recursos, o maior volume de fatores de risco (cerca de 15%) estão associados aos resultados das empesas do grupo, sejam controladas, subsidiárias ou sociedades sobre controle comum. Além disso, destacamos a preocupação de atendimento a regras regulatórias, que representam 8% dos registros no setor.

Tabela 9

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado.

1

Resultado das empresas do grupo

2

Ambiente econômico e do mercad

3

Performance das operações

4

Performance dos negócios

5

Atendimento a regras regulatórias

6

Influência do governo

7

Finanças e caixa

8

Gestão de terceiros

9

Interesses dos acionistas

10

Atendimento à legislação e disputas judiciais

11

Inadimplência

12

Tecnologia da informação

13

Atendimento a regras tributárias

14

Desvio de conduta

15

Meio ambiente e sociedade

16

Recursos humanos

17

Ameaças à saúde

18

Cobertura de seguros

19

Desdobramentos da COVID-19

20

Aumento da concorrência

21

Conflitos de interesse com partes relacionadas

22

Governança corporativa

23

Fenômenos da natureza

24

Imagem e reputação

25

Concentração de receita

Imóveis e Construções

No setor de Imóveis e Construções, o maior volume de fatores de risco (14%) refere-se a condições de mercado, incertezas em relação à economia, como inflação, variação cambial e taxa de juros. Destacamos também a preocupação com resultados das estratégias do negócio como, por exemplo, fusões e aquisições, que podem não ocorrer ou não gerar o resultado esperado, somando 12% do total de registros.

Tabela 10

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Ambiente econômico e do mercado

2

Performance dos negócios

3

Finanças e caixa

4

Performance das operações

5

Interesses dos acionistas

6

Atendimento a regras regulatórias

7

Resultado das empresas do grupo

8

Gestão de terceiros

9

Atendimento à legislação e disputas judiciais

10

Influência do governo

11

Recursos humanos

12

Inadimplência

13

Imagem e reputação

14

Aumento da concorrência

15

Tecnologia da informação

16

Conflitos de interesse com partes relacionadas

17

Governança corporativa

18

Atendimento a regras tributárias

19

Desvio de conduta

20

Ameaças à saúde

21

Meio ambiente e sociedade

22

Cobertura de seguros

23

Fenômenos da natureza

24

Desdobramentos da COVID-19

25

Concentração de receita

Tecnologia, Mídia, Entretenimento e Telecomunicações (TMT)

No setor de TMT, o maior volume de fatores de risco (14%) refere-se a incertezas de mercado, como por exemplo, a consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações, e a incertezas da economia, como inflação e redução do poder de compra do consumidor. A gestão de terceiros também se demonstrou relevante neste setor, com cerca de 7% do total de registros.

Tabela 11

Abaixo, a lista completa dos 25 Grupos de Fatores de Riscos, ordenados do mais citado para o menos citado. 

1

Ambiente econômico e do mercado

2

Performance dos negócios

3

Performance das operações

4

Finanças e caixa

5

Gestão de terceiros

6

Tecnologia da informaçã

7

Interesses dos acionistas

8

Atendimento a regras regulatórias

9

Atendimento à legislação e disputas judiciais

10

Influência do governo

11

Recursos humanos

12

Imagem e reputação

13

Resultado das empresas do grupo

14

Conflitos de interesse com partes relacionadas

15

Desvio de conduta

16

Atendimento a regras tributárias

17

Ameaças à saúde

18

Aumento da concorrência

19

Inadimplência

20

Cobertura de seguros

21

Governança corporativa

22

Fenômenos da natureza

23

Meio ambiente e sociedade

24

Concentração de receita

25

Desdobramentos da COVID-19

Resumo

As pressões pela eficiência operacional, diminuição de custos e aumento de receitas e margens vêm elevando a importância de uma gestão de riscos mais integrada, que conecte riscos das atividades, operações, processos e corporativos. A maior integração entre as funções de Gestão de Riscos, Controles Internos, Compliance e Auditoria Interna traz mais assertividade, fundamentação e coerência nas análises de risco. Nesse sentido, revelamos as principais tendências para gestão de riscos em 2023.

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