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Future Consumer Index 2022 | Preço é essencial, mas consumidor brasileiro quer mais


O que você precisa fazer hoje para vencer no futuro

Diante das mudanças de comportamento dos consumidores e do cenário competitivo, as empresas precisam repensar pilares estratégicos dos negócios caso queiram estar em uma posição de liderança nos próximos anos.


Esses pilares são:
  1. Revise suas operações e seu portfólio de produtos. Os negócios precisam focar no desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos mais flexível para atender de forma eficiente às necessidades dos consumidores.
  2. Traga soluções sustentáveis com boa relação custo-benefício, transparência e responsabilidade. É preciso dar visibilidade aos impactos gerados pela cadeia de suprimentos, propor novas abordagens e comunicar os resultados de suas ações para os stakeholders.
  3. Reequilibre suas necessidades de investimento digital para aproveitar novas oportunidades digitais – do TikTok ao Metaverso, passando por NFTs e a Web3. Use o digital para promover melhores serviços de pós-venda, impulsionando a preferência dos consumidores.
  4. Defina KPIs que reflitam os novos valores dos consumidores. Somente assim será possível prever mudanças de comportamento, ajustar a operação de acordo com essas mudanças e entregar soluções customizadas.
  5. Amplie o conceito de atendimento para todo o ecossistema para atender o cliente de forma integral. Parcerias e investimentos com empresas de outros setores devem estar alinhados ao conhecimento do consumidor e à estratégia do negócio.

FCI 2022: novos comportamentos do consumidor brasileiro

A10ª onda do estudo Future Consumer Index (FCI) atualiza e aprofunda as análises da EY-Parthenon sobre as transformações do comportamento dos consumidores. Embora os impactos diretos da crise da COVID-19 estejam em processo de superação, com a vacinação da maior parte da população e o fim da restrição à circulação de pessoas, uma série de impactos de segundo grau continua influenciando comportamentos e expectativas.

A baixa confiança da população no curto prazo, a instabilidade econômica e a incerteza a respeito da melhora do mercado de trabalho apresentam um cenário desafiador para as organizações. Diante disso, como desenvolver estratégias, ações e táticas para aumentar a recorrência dos clientes, evitar o churn e oferecer soluções eficientes e com boa relação custo/benefício?

Neste report, além do quadro traçado pela 10ª onda do estudo FCI, nos propomos a indicar caminhos para superar os obstáculos trazidos pela alta da inflação, a crise das cadeias de abastecimento e a maior insegurança da população. Este pode ser um momento de grandes oportunidades para empresas que conseguirem decifrar o comportamento dos consumidores – e estamos preparados para ajudar você a encontrar soluções.

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Chapter 1

Dificuldades no curto prazo

A deterioração do ambiente macroeconômico preocupa os consumidores brasileiros, que acreditam que o cenário irá se manter em 2023.

A 10ª onda do estudo Future Consumer Index (FCI) mostra que os consumidores têm uma perspectiva menos otimista para o curto prazo. Se, em outubro de 2021, 50% dos brasileiros disseram que a perspectiva para os 3-4 meses seguintes era positiva, esse número caiu para 33% em julho de 2022. Apesar da perspectiva menos otimista no curto prazo, o brasileiro segue com boas expectativas futuras: 79% acreditam que sua vida será melhor daqui a 3 anos.

As gerações mais novas (Z e Millennials) estão mais otimistas do que a população de mais idade. A diferença é mais significativa na expectativa para daqui a 3 anos, que os mais novos tendem a ver de forma mais positiva – aparentemente, as gerações mais novas tendem a ser mais adaptáveis e a responder melhor a mudanças bruscas como as vividas nos últimos anos.

A causa principal das preocupações com o curto prazo é a deterioração do ambiente macroeconômico. A alta da inflação, sentida principalmente no preço dos combustíveis e da alimentação, faz com que 73% dos brasileiros estejam extremamente preocupados com os custos de produtos e serviços básicos (outros 24% se dizem moderadamente preocupados). Isso faz com que 42% estejam extremamente preocupados e 43% moderadamente preocupados com o acesso às suas necessidades básicas – e um total de 91% tenha algum grau de preocupação com suas finanças.

A ideia de retorno a uma vida nos moldes pré-pandemia parece efetivamente descartada. Os dados desta onda do FCI mostram que 39% dos brasileiros ficarão mais tempo em casa e 42% pedirão mais produtos online no futuro, ao mesmo tempo em que 35% voltarão a visitar lojas físicas como no passado.

Para ficar atento:

Em 2022, apesar de uma alta 13% no consumo (em valor) em relação a 2021, a queda de 5% em volume[1] demonstra que a prioridade dos consumidores mudou. Com a alta da inflação, mais pessoas deixaram de comprar produtos não-essenciais – 58% dos entrevistados pelo FCI acreditam que gastarão menos com esses itens nos próximos 3-4 meses e 56% estão comprando somente itens essenciais.

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Chapter 2

Oportunidades em marcas próprias

As famílias estão buscando formas de evitar o corte de produtos considerados importantes. Preço é um impeditivo para compras alinhadas aos ideais e inspirações, mesmo entre os mais engajados.

A alta da inflação diminuiu o poder de compra de grande parte da população e fez com que o preço se tornasse, desde o ano passado, o principal critério de compra. As famílias têm eliminado a compra de itens supérfluos e, mesmo em categorias essenciais, aumentaram o consumo de produtos de marca própria (private label), em uma tentativa de evitar o corte de produtos considerados importantes em sua cesta de consumo. Como seria de se esperar, esse movimento é mais intenso na população de menor poder aquisitivo, em que 67% estão comprando proporcionalmente mais itens essenciais (contra 40% na classe alta).

  • 46% dos brasileiros estão buscando novas marcas
  • 36% estão trocando marcas tradicionais por private label

As categorias em que os consumidores mais dizem estar dispostos a comprar de marcas private label são alimentos frescos (58%), cuidados com a casa (56%) e roupas, sapatos e acessórios (40%). Apesar da intenção de realizar compras alinhadas a seus ideais e aspirações, o preço é um impeditivo para que isso aconteça: 83% dos brasileiros dizem que serão mais cuidadosos com seus gastos futuros e 78% afirmam que serão mais focados no valor do dinheiro. Com isso, varejistas que conseguirem atribuir a seus produtos de marca própria aqueles valores e ideais importantes para os clientes (como qualidade e sustentabilidade) poderão ocupar um espaço importante nas cestas de consumo.


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Capítulo 3

Atenção aos meios digitais

Brasileiros estão dispostos a fornecer dados pessoais para receber promoções personalizadas e recomendações de produtos mais baratos.

Na busca dos consumidores por opções mais baratas, os meios digitais ganham força como ferramenta de consulta. Redes sociais, aplicativos e mecanismos de busca são considerados como as principais formas de obter informações mais certeiras sobre preço e desempenho – e os brasileiros estão dispostos a fornecer dados pessoais para receber promoções personalizadas (71%) e recomendações de produtos mais baratos (68%).

As gerações mais novas se dizem mais dispostas a compartilhar seus dados, apesar da preocupação com a privacidade ser similar à das gerações mais velhas (75% contra 78%). Além disso, 54% dos brasileiros se dizem preocupados com a segurança ao comprar produtos e serviços online – apresentar garantias sobre a privacidade e a segurança das informações vai se tornando cada vez mais importante.

Esta edição do FCI mostra um aumento na intenção de compras digitais, refletindo as experiências positivas durante a pandemia que levaram o e-commerce brasileiro a receber 10 milhões de novos consumidores em 2020 e crescer 41% naquele ano e 27% em 2021 (segundo dados da Neotrust). A compra de itens não-alimentares pela internet nos últimos 3 meses foi feita por 58% dos entrevistados, enquanto 41% fizeram compras de supermercado online.

Ainda que 46% dos brasileiros acreditem que farão compras online com mais frequência no futuro próximo, eles acreditam que no futuro o principal canal de compras de alimentos serão as lojas físicas. Nos demais segmentos do varejo, o consumidor já se enxerga comprando predominantemente online.

No entanto, no atual período de pós-pandemia, o crescimento do digital perdeu força[2] – em parte pela forte base de comparação, mas principalmente devido à queda do poder de compra dos brasileiros. Mesmo tendo crescido menos, o digital continua tendo grande importância para o contexto competitivo das empresas, uma vez que o consumidor transita muito bem entre canais físicos e digitais e, especialmente em categorias de maior valor agregado, o digital tem um papel chave no processo de decisão de compra.

Para atrair clientes em um momento menos favorável ao consumo, é preciso desenvolver novas estratégias – e a análise dos dados dos clientes permite personalizar a comunicação e entender melhor os gatilhos de compra.

Nessa nova jornada digitalizada, meios de pagamento digitais trouxeram mais velocidade e conveniência às transações. Pagamentos instantâneos, como o Pix, rapidamente ganharam espaço, ao mesmo tempo em que soluções como carteiras digitais e cashback se tornaram elementos mais importantes na decisão de compra dos consumidores.

A digitalização dos meios de pagamento faz com que 73% dos brasileiros pretendam usar menos dinheiro vivo (cash) nos próximos 3 anos – essa é uma tendência sem possibilidade de reversão. Além disso, 20% dos brasileiros usaram moedas digitais nos últimos 3 meses, em uma clara demonstração de mudança de comportamento e de aceitação de novas modalidades de pagamento.

Para os consumidores, o uso conjunto de canais físicos e digitais agrega muito mais valor à sua experiência de compra do que o uso separado destes meios. Embora 37% dos entrevistados considerem que as marcas são importantes na decisão de compra, essa importância está sujeita à possibilidade de transitar sem atritos do físico para o digital – e vice-versa.

Para ficar atento:

A integração entre físico e digital para a criação de experiências imersivas será intensificada nos próximos anos com os avanços do Metaverso. Os espaços de varejo do futuro serão uma mistura efetiva entre físico e digital, fazendo com que a ida à loja física seja um momento de experiência – muito mais que uma ocasião de compra.

É o que um artigo da EY chama de “estratégia metachannel[3]: estar presente em todos os lugares para estar integrado ao consumidor a todo tempo. O desenvolvimento de ambientes consistentes para as experiências físicas e digitais, sem diferenciação entre elas, é a próxima fronteira do varejo – e ela avança segundo o desejo dos consumidores, uma vez que 62% dos brasileiros pretendem gastar mais com experiências.

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Capítulo 4

Saúde, mas sem gastar mais

A expectativa de ter uma vida mais saudável passa necessariamente pela alimentação, aumentando a expectativa de gastar mais com alimentos frescos e menos com industrializados.

Durante a pandemia, a população passou a adotar uma mentalidade de prevenção e se tornou mais disposta a incorporar hábitos de vida saudáveis à sua rotina – desde que não seja necessário gastar mais com isso. O preço, os aspectos ligados à saúde e o fator sustentável dos produtos têm aparecido desde as primeiras ondas deste estudo como quesitos relevantes na decisão de compra, mas seu peso vem variando bastante nos últimos dois anos. As questões ligadas à saúde, por exemplo, estavam entre as principais preocupações de 37% dos consumidores em abril de 2020, índice que hoje chega a 46% (com um pico de 54% em outubro de 2021).

Os aspectos ligados à sustentabilidade, por sua vez, estão atualmente no mesmo grau de prioridade que no início da pandemia, depois de uma redução relevante ao longo de 2020 e de passar 2021 em níveis ligeiramente mais elevados. O preço continua sendo o fator mais importante, mas distante dos picos do final do ano passado, quando a inflação começou a ter um impacto mais forte no comportamento de compra.

A preocupação com o bem-estar físico e mental é maior nas gerações mais novas (Z e Millennials), mas está presente em todo o mercado: 87% dos entrevistados estão preocupados com sua saúde física e serão mais conscientes e cuidadosos nos próximos 3 anos, enquanto 81% dizem o mesmo sobre seu bem-estar mental.

Ainda assim, os números parecem demonstrar que esse ideal será difícil de ser conquistado, uma vez que apenas 62% esperam melhorar sua saúde física nos próximos 6 meses e 56%, seu bem-estar mental. Já para um futuro mais distante (3 anos), 74% esperam melhorar sua condição física e 73%, sua saúde mental. O momento presente parece ser um obstáculo para alcançar a condição desejada.

Essa expectativa de ter uma vida mais saudável passa necessariamente pela alimentação, com expectativa de gastar mais com alimentos frescos e outras categorias de produtos saudáveis.

Em relação à 9ª onda do FCI, fica clara uma intensificação desse movimento. Entre outubro de 2021 e junho de 2022, houve um aumento de 17 pontos percentuais na intenção de gastar menos em snacks e de 8 pontos percentuais na intenção de consumir menos comida congelada. Já a necessidade de concentrar o orçamento em itens essenciais se mostra no aumento de 10 pontos percentuais na intenção de gastar menos em academias e aulas fitness.

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Capítulo 5

Sustentabilidade: quem paga a conta?

Desafio exige uma solução integrada por parte das empresas, com a revisão dos processos produtivos, da logística, das ações de comunicação e da oferta de produtos nas lojas.

A pandemia reforçou a preocupação com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Com isso, produtos que se posicionam como ecologicamente corretos, orgânicos, saudáveis ou neutros em emissão de carbono passaram a ser mais bem vistos pelos consumidores. Mais de 3 em cada 4 entrevistados (78%) dizem que vão prestar mais atenção ao impacto ambiental daquilo que compram e 77% dizem que vão prestar mais atenção ao impacto social do que consomem. São hábitos que estão aos poucos passando a fazer parte do rol de escolhas dos clientes.

Acelerar essa tendência depende de superar alguns obstáculos identificados pelos consumidores, como o preço mais elevado, informações enganosas sobre os produtos, marketing enganoso (greenwashing) e falta de transparência ou de informações sobre os produtos.

Uma vez que o varejo é um dos setores mais envolvidos no debate ESG[4], devido à sua relevância para a economia e sua proximidade com os consumidores, ter um bom posicionamento em relação à sustentabilidade e ao impacto social pode trazer bons frutos para as marcas. Desde que elas consigam equalizar essa demanda com a precificação dos produtos.

A solução para esse dilema passará necessariamente por uma revisão dos processos produtivos, da logística, das ações de comunicação e da oferta de produtos nas lojas. Sustentabilidade é um desafio multifacetado – e não existe uma solução única para vencê-lo.

Um aspecto, entretanto, é essencial nessa busca por sustentabilidade: a autenticidade nas ações. Os consumidores estão atentos e práticas de greenwashing são identificadas – e rejeitadas – rapidamente. Na jornada sustentável das empresas, é preciso ser sincero na comunicação daquilo que se faz: nem mais, nem menos do que a absoluta verdade.

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Capítulo 6

O que fazer agora?

Dado o contexto de consumo, conheça os imperativos de negócios para assegurar a competitividade da sua empresa.

A partir do cenário de mercado evidenciado pela 10ª onda do Future Consumer Index, que medidas devem ser tomadas para assegurar a competitividade e a relevância das empresas nos próximos semestres? Em nossa visão, as ações precisam ter como base estes 4 pilares:

    1. Review operations and portfolios to deliver better pricing conditions

Consumers are increasingly likely to seek value in their buying journeys. In an inflationary environment, companies must strengthen their portfolio management to optimize prices and profitability. To this end, one of the possibilities is the expansion of private label strategies, meeting a greater willingness of consumers to adopt this type of product as a way to maximize value and improve the cost/benefit ratio. For this to happen, brands also need to find new suppliers, ingredients, or components, as well as experiment with other attributes to optimize pricing more effectively.

Brand portfolio reviews should also seek optimization from the customer's perspective, to present an assortment that meets their consumer needs and delivers more value and profitability. With the intensification of the use of data and a personalized knowledge of the consumer, this optimization is now done in a very precise way.

Part of this portfolio overhaul includes items related to healthier living and more sustainable habits – a desire of consumers of all income brackets. An extra challenge is to offer solutions to a portion of the population that cannot or does not want to pay for this increase in value. This is not a new discussion – what is new is that, with the increase in the volume of data collected, the processing capacity of this information and the alternative ecosystems, companies have more capacity to deliver this optimized portfolio.

    2. Adapt sustainability strategies to provide cost-effective solutions

Consumers are willing to live and shop more and more sustainably. Many companies will need to adopt a new strategy, approaching sustainable products and services as a cost-effective option for the consumer – not just a premium solution.

For this to happen, it will be necessary to act on business models that keep products in circulation for longer, such as rental, resale, and repairs. This also leads to scaling up existing sustainability solutions so that they can become more competitive and cost-effective to the public.

The ESG strategies of companies are now under public scrutiny, since, in the face of consumers with broad access to information, practices such as greenwashing are quickly recognized and rejected by consumers, with a strong impact on the reputation of brands. It is up to companies to review their products and processes to deliver sustainable results, with transparency and accountability, giving visibility to the impacts generated by their supply chain and broadly communicating their actions to consumers, investors and society.

    3. Rebalance engagement investment to accommodate new digital opportunities

The physical world won't become an accessory to digital, but omnichannel integration will continue to grow. This will give brands new ways to engage online and in the Metaverse – a nascent medium, but one with potential for growth. Each company needs to understand how to develop a mix of digital and physical communication to connect with its audience, knowing their behavior and speaking their language. It also becomes essential to use digital resources to promote better after-sales services, boosting consumer preference and increasing the possibility of repurchase.

To avoid the flight of customers who are becoming less loyal to the brand in their purchasing decisions, businesses should define a distinct brand proposition by exploring personalized ways to engage with consumers across multiple channels. This includes experimenting with digital innovation, collecting and leveraging consumer data in ways that add value to customers' physical and digital experiences.

Efforts in commercial strategies and the creation of new channels must be aligned with an internal digitalization of the management structure. In this way, the company will be able, for example, to use payment methods that bring the convenience expected by consumers. Another area of potential gains is logistics, since digitalization can enable a better distribution of products according to the evolution of demand.

These initiatives, however, need to take into account customer concerns around data privacy and cybersecurity. More than protecting consumer data, it is necessary to build trust by showing customers that their data is used responsibly and provides tangible benefits.

    4. Set KPIs that reflect changing consumer values

The various waves of the FCI show how much consumer values are changing. People are less motivated by financial rewards, and status is increasingly related to sustainable behaviors – rather than wealth. Consumers are rethinking how they spend their time and looking for ways to alternate between saving time on the things they don't like and spending time doing what they love. Job needs are increasingly defined by aspects such as flexibility and purpose, rather than careers and salaries.

To meet these emerging values, businesses must reconsider what their purpose is and the KPIs they want to establish to achieve their goals. To keep up with dynamic consumers, who move fluidly between different channels, knowledge about customer behavior cannot be static.

Therefore, companies need to develop technological initiatives that are able to predict changes in behavior, to adjust the operation according to these changes and deliver customized solutions to customers. Against this dynamic backdrop, traditional financial metrics such as growth, profitability, stock price, and shareholder return are giving way to non-financial metrics such as carbon emissions, diversity, and innovation, which redefine strategic initiatives.

Thus, companies must re-evaluate their metrics based on their importance to consumers and employees, and then develop new KPIs that incorporate non-financial values into the corporate culture.

    5. Extend the concept of service to the entire ecosystem

The integration between physical and digital customer relationship channels and the appreciation of aspects such as value, practicality and experience as important factors in consumers' purchase decisions leads companies to accelerate their search for innovation – including opening up to explore opportunities in partnership with suppliers, partners and even competing companies.

The formation of ecosystems has a consumer-oriented logic, aiming to serve them in an integral way. Therefore, it can take on many facets, such as accelerating the offer of financial services, developing logistics and marketing services for marketplace sellers, or using third-party platforms to improve internal processes.

In any of these models, success in building and developing ecosystems depends on their connection to the company's long-term strategy, since this process is based on a vision of future ambition, recognition of the evolution of its audience and the competitive characteristics of each market. More than a project with a defined goal, an ecosystem is a journey of transformation of the company to deal with more demanding, informed, dynamic and digitalized consumers.




Autoras:

Juliana Crema - Sócia-líder do segmento de Bens de Consumo e Varejo EY-Parthenon

Cristiane Amaral - Sócia-líder do segmento de Bens de Consumo e Varejo para a América Latina

Colaboração:

Daniela Kurbhi - Gerente de Estratégia EY-Parthenon

Mariana Selvaggio - Consultora de Estratégia EY-Parthenon


Resumo

Diante das mudanças de comportamento dos consumidores e do cenário competitivo em escala global, as empresas precisam repensar pilares estratégicos dos negócios caso queiram estar em uma posição de liderança nos próximos anos. O cenário exige uma cadeia de suprimentos mais flexível com soluções sustentáveis e eficientes, investimento para aproveitar oportunidades no Digital, KPIs que reflitam os valores do consumidores e parceiros capazes de atender o cliente de forma integral.


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