Estudo global da EY mostra quantidade de IPOs e volume em receita por regiões; Veja setores e bolsas de valores com mais destaque.
Junho de 2024 – A EY, uma das principais consultorias e auditorias do mundo, publicou o EY Global IPO Trends Q1 2024, estudo sobre o mercado global de ofertas públicas referente ao primeiro trimestre de 2024. Embora os valores em receita tenham aumentado em 7%, de US$ 22,1 bilhões para US$ 23,7 bilhões em comparação com o mesmo período do ano passado, o levantamento aponta uma queda em 7% na quantidade de ofertas públicas de 307 para 287.
Parte dessa queda é motivada principalmente pela baixa na região da Ásia-Pacífico, que apresentou redução de 34% na quantidade de ofertas públicas e de 56% em receita, devido a uma condição desfavorável do mercado por causa da baixa liquidez, do aumento da saída de capitais, de uma parada temporária de IPOs na China Continental e de um ambiente de taxa de juros elevada em Hong Kong. Ainda assim, a região da Ásia-Pacífico representa 42% dos IPOs globalmente e 24% das receitas arrecadadas.
Por outro lado, as regiões das Américas (Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Argentina, Porto Rico, Bermudas, Equador e Jamaica) tiveram um início de ano positivo. O estudo aponta um crescimento de 21% no número de IPOs e de 178% em receita, totalizando 52 ofertas públicas e uma arrecadação de US$ 8,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Uma representatividade de 18% dos IPOs globalmente e 36% das receitas arrecadadas.
No Brasil, o mercado de IPOs segue sem listagem há dois anos, sendo essa a maior seca em mais de duas décadas. A perspectiva é que esta retomada ocorra no segundo semestre de 2024. “A carteira de IPOs está crescendo em vários setores, mas espera-se que as empresas que estrearão em 2024 sejam lucrativas e em escala de setores tradicionais. No entanto, isto depende de uma melhoria do contexto do mercado, incluindo a perspectiva de taxas de juro de um dígito, entre outros fatores”, pontua Rafael A. Alves dos Santos, sócio e especialista em IPO na EY.
Segundo Rafael, “todos os negócios nas Américas, exceto três, no primeiro trimestre de 2024, foram realizados em bolsas dos Estados Unidos (EUA), e os dois maiores IPOs foram negócios transfronteiriços de emitentes estrangeiros cotados nos EUA. Os setores de saúde e tecnologia continuam a representar a maior parte da atividade por número de IPOs. A atividade biotecnológica tem sido particularmente robusta, com nove negócios que arrecadaram US$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2024”.
O cenário positivo se repete na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEIA) com um crescimento de 40% na quantidade de ofertas públicas e de 58% em volume arrecadado, totalizando 116 IPOs e um montante de US$ 9,5 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Uma representatividade de 40% dos IPOs globalmente, assim como das receitas arrecadadas.
“O mercado de IPOs da EMEIA demonstrou uma resiliência notável por causa dos índices de volatilidade das ações permanecerem baixos, mantendo-se estáveis face às medidas restritivas dos bancos centrais. Tal crescimento é atribuído também a maiores médias de negócios de IPOs na Europa e na Índia”, avalia Rafael. “Seis das 10 principais listagens foram originadas nessa região, com duas empresas optando por listagens transfronteiriças nos EUA e quatro destacaram-se como mega IPOs”, complementa.
Bolsas de valores e setores com mais destaque
As bolsas de valores que mais se destacaram neste período são a dos EUA e da Índia, que assumiram a liderança em quantidade e volume de receita, enquanto as bolsas da China caíram na classificação.
Os setores industrial (80%), de consumo (63%) e de tecnologia (70%) foram os três principais setores de IPO em número e demonstraram a melhoria mais significativa no desempenho pós-mercado em comparação com o primeiro trimestre de 2023. Por outro lado, o setor financeiro testemunhou uma diminuição substancial para 27% no número de IPOs:
“Os candidatos a IPO devem considerar o impacto dos riscos geopolíticos e dos conflitos regionais, dos fatores macroeconômicos (inflação e taxas de juro) e de um ambiente regulamentar em mudança (reformas da bolsa de valores, regulamentações de valores mobiliários e requisitos ESG) e acompanhar de perto os resultados eleitorais”, finaliza Rafael.
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