A China Three Gorges Corporation (CTG) é a maior produtora de energia hidrelétrica do mundo. No Brasil, é a segunda maior geradora de eletricidade privada.
Case: Biotecnologia em defesa dos biomas
No Brasil 82% da energia vem de fontes renováveis, um contraste com os 17% dos Estados Unidos ou 40% da Alemanha. Dentre as fontes limpas do Brasil, a mais importante é a hidrelétrica, com 52%. Para operar no país, no entanto, as hidrelétricas precisam lidar com um desafio inusitado: a infestação pelo mexilhão dourado. Considerado pelo Ibama uma das três espécies invasoras mais prejudiciais aos ecossistemas do Brasil, o mexilhão dourado vem causando problemas financeiros, ambientais e sociais e custo crescente em diferentes atividades.
A CTG Brasil fez parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Bio Bureau Biotecnologia para uma solução que usa a biotecnologia como ferramenta de combate. Recorrendo à biologia sintética, criou-se um mexilhão geneticamente modificado que cruzando com mexilhões que estão nas hidrelétricas gera indivíduos estéreis. A técnica, conhecida como gene-drive, é análoga àquela utilizada com sucesso no combate da infestação de mosquitos da Malária.
Há no mundo apenas 16 projetos em desenvolvimento para o controle biotecnológico de pragas utilizando biologia sintética e gene-drive. Além de ter o potencial de combater um problema grave para o ecossistema, o programa põe o Brasil em evidência no cenário global nas áreas de Conservação da Biodiversidade, Engenharia Genética e Bioinformática como um país capaz de criar soluções inovadoras e promover o conhecimento tanto na indústria quanto na academia.