Por que é importante falarmos de governança para startups e scale-ups?

É preciso desmistificar a ideia de que governança corporativa é assunto para empresas grandes e já estabelecidas.

Em primeiro lugar, é importante destacar que governança não é a simples criação de um Conselho. Precisamos desconstruir esse pensamento e fazer da governança parte fundamental do sucesso de qualquer empresa, independentemente do tamanho.

A governança corporativa refere-se ao conjunto de práticas, políticas e regras que as empresas adotam para guiar e proteger os interesses de seus acionistas, bem como para garantir um desempenho ético e responsável.

Na definição do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, membros do Conselho de Administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.

Sendo amplamente discutido e aplicado em empresas estabelecidas, o conceito de governança ainda é, muitas vezes, negligenciado pelas startups e scale-ups, que têm ganhado cada vez mais destaque na economia global, impulsionando a inovação e revolucionando setores inteiros.

Essas empresas jovens e em rápido crescimento possuem uma dinâmica muito diferente das empresas estabelecidas e enfrentam desafios únicos em sua jornada para o sucesso. Portanto, a governança corporativa desempenha um papel crucial na promoção da sustentabilidade, transparência e êxito dessas empresas.

A falta de uma governança efetiva pode acarretar sérias consequências para empresas em crescimento, enquanto a adoção de boas práticas traz uma série de benefícios para as startups e scale-ups, como:

1. Atratividade para investidores: a governança corporativa adequada é um importante fator de decisão para investidores, que buscam empresas com estruturas sólidas e transparentes. Investidores estão mais dispostos a colocarem seu dinheiro em empresas que possuam uma governança bem definida, que ofereça maior segurança e retorno sobre o investimento.
2. Transparência e prestação de contas: a governança corporativa estabelece padrões de transparência e prestação de contas, tanto internamente como externamente. Isso contribui para a confiança dos acionistas, clientes e stakeholders, além de melhorar a reputação da empresa. A transparência também facilita a gestão de conflitos e a resolução de problemas.
3. Sucessão e continuidade: muitas startups e scale-ups são criadas e lideradas por empreendedores visionários. No entanto, é essencial planejar a sucessão e a continuidade da empresa caso ocorra a saída do fundador ou do CEO. A governança corporativa define processos e estruturas para garantir a continuidade dos negócios, mesmo em momentos de mudança de liderança.
4. Cumprimento das leis e regulamentações: as empresas estão sujeitas a uma série de leis, regulamentações e requisitos, que variam de acordo com o país e setor. A governança corporativa contribui para que a empresa esteja em conformidade com essas normas, mitigando riscos legais e garantindo o cumprimento de responsabilidades legais e éticas.
5. Gestão eficiente do negócio: dependendo do estágio da empresa, a implementação de um Conselho de Administração ou Conselho Consultivo, além da definição de diretrizes e políticas claras, ajuda a estabelecer um plano estratégico para a empresa e facilita a tomada de decisões. A governança corporativa permite que a empresa tenha uma visão de longo prazo, além de fornecer direcionamento e suporte na gestão do negócio.

Em resumo, a governança corporativa desempenha um papel fundamental no sucesso de startups e scale-ups. Ela fornece estrutura, transparência e direcionamento estratégico para essas empresas em crescimento, tornando-as mais atraentes para investidores, mais eficientes na gestão do negócio e mais confiáveis para os stakeholders. Portanto, é essencial que as startups e scale-ups deem a devida importância à governança corporativa desde o início de sua jornada.

A EY pode ajudar sua empresa a estruturar níveis de governança de acordo com sua maturidade, garantindo transparência, interesse dos investidores e gestão efetiva dos negócios.