oecossistema de saúde está prestes a ser transformado, e um dos fatores dessa disrupção atende pelo nome de 5G. A nova geração da conectividade representa o início de uma jornada de inovação que pode trazer grandes ganhos para todos os stakeholders, uma vez que a lógica da saúde mudará totalmente com o acesso à informação em tempo real, com um monitoramento mais preciso da população. Até agora, era preciso que um problema acontecesse, para que então um diagnóstico fosse feito e um tratamento se iniciasse.
A expansão do 5G, com as oportunidades que abre para o uso de Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, wearables e ferramentas de telemedicina, viabiliza um ecossistema de saúde que utiliza dados em tempo real para detectar condições em seus primeiros estágios. O acompanhamento contínuo, condição necessária para uma saúde preventiva, depende do engajamento do paciente – e o 5G facilita esse engajamento, com o input de dados confiáveis em tempo real para trazer ainda mais acuracidade aos tratamentos.
Como resultado, o 5G pode promover uma saúde muito mais democrática, acessível a uma parcela muito maior da população – e em regiões e especialidades pouco disponíveis até agora.
O estudo EY Reimagining Industry Futures, desenvolvido pela EY em 2021, mostra que a pandemia colocou o 5G no topo das prioridades do ecossistema global de saúde. Aplicações como o monitoramento de pacientes e a entrega de cuidados pessoais de forma virtual ganharam importância – muito mais do que a coleta passiva de dados.
Naturalmente, os primeiros ganhos virão no espectro mais sofisticado dos serviços de saúde, na forma de cirurgias remotas e ambulâncias e hospitais conectados. Essas soluções se beneficiam da baixa latência do 5G e da capacidade de conexão nos grandes centros, mas será questão de tempo para que uma infinidade de aplicações ganhe corpo. Com isso, veremos uma intensa transformação nos modelos e práticas de saúde.
Três dimensões de transformação
O impacto do 5G no ecossistema de saúde é multifacetado. Com inúmeros stakeholders desempenhando papéis importantes em várias fases da jornada do paciente, é natural que as consequências de uma medicina preventiva em tempo real se mostrem de maneiras bastante diversas.
Uma primeira camada de transformação está ligada aos cuidados de precisão. O entendimento dos hábitos e comportamento dos pacientes a partir de tecnologias e equipamentos automatizados faz com que a coleta e análise de dados dependa menos de ferramentas de engajamento e mais da conectividade. O grande benefício dessa abordagem é a informação qualificada em tempo real, sem que pessoas que não entendam de saúde precisem inserir dados.
Isso representa uma mudança radical na maneira como o ecossistema de saúde monitora os pacientes e lida com as informações. Em vez de depender da memória do paciente ou de seu engajamento com equipamentos e sistemas de acompanhamento, o ecossistema passa a receber informações efetivas em tempo real.