Para cada um dos indicadores selecionados, o time de analistas da EY Global atribuiu scores individualizados de 0 a 1 baseados na cobertura e efetividade da divulgação desses indicadores nos relatos integrados, relatórios anuais e relatórios de ESG e Sustentabilidade, quando existentes, para o ano base de 2021 publicados em 2022. Os resultados do processo de pontuação das dimensões de divulgação das informações de sustentabilidade foram apresentados e validados junto às instituições financeiras analisadas.
Importante observar que não consideramos questões de materialidade das diversas dimensões nas organizações, prática corrente na seleção de que informações relatar, e que aplicamos a metodologia de maneira padronizada para todas as instituições avaliadas. Também é importante ressaltar que para o período analisado, ano base de 2021, as novas regulações do BACEN, SUSEP e CVM ainda não estavam em vigor e, portanto, vários requisitos obrigatórios que podem impactar a divulgação ainda não eram válidos.
Resultados gerais da pesquisa
Nossa pesquisa analisou 13 IFs brasileiras, entre bancos, cooperativas, seguradoras e gestoras de ativos, tendo por base os relatórios publicados em 2022, com dados baseados nas operações de 2021.
Podemos observar que dois indicadores foram reportados de forma consistente, i.e., com score médio alto e com baixa dispersão entre as instituições analisadas: “Composição e Diversidade da Força de Trabalho” e “Emissões de Carbono”. Esses dois temas são centrais na agenda de sustentabilidade das instituições financeiras e há abundância de informação e muitas iniciativas nestas duas frentes.
Outros indicadores com baixa dispersão entre as instituições, porém com score mais baixo na média são: “Propósito e Engajamento da Comunidade”, “Treinamento, Aprendizagem e Desenvolvimento” e “Atração, Retenção e Rotatividade”, indicando que as instituições financeiras começam a reportar esses indicadores, mas ainda de forma incipiente.
Por outro lado, podemos observar que os indicadores com menor score médio e com baixa dispersão entre as instituições financeiras são: “Saúde Financeira do Consumidor”, “Biodiversidade e Uso da Terra” e “Saúde e Bem-Estar do Colaborador”. Nesses três indicadores, encontramos os maiores espaços de desenvolvimento na abertura de informações no Brasil.
O gráfico 1 representa os indicadores avaliados, ordenados do maior para o menor score médio, e a dispersão dos respondentes.
Gráfico 1: Resultados da Pesquisa