Existem quatro áreas principais identificadas na pesquisa:
1. Acelerar a entrega de relatórios aprimorados
A pandemia da Covid-19 agiu como um grande acelerador para relatórios corporativos. Um modelo de capitalismo de múltiplos stakeholders que pode beneficiar todos os stakeholders – investidores, trabalhadores, consumidores, fornecedores e comunidades – é visto como importante para construir um mundo mais próspero e sustentável para enfrentar os desafios globais, das mudanças climáticas à desigualdade.
Espera-se cada vez mais que os relatórios corporativos incluam divulgações ESG aprimoradas e materiais juntamente com outras informações, para mostrar como uma organização está gerando valor para todos os stakeholders. Há uma pressão crescente sobre as empresas para melhorar os seus relatórios ESG – de investidores de ações, seguradoras, credores, detentores de títulos e gestores de ativos, bem como clientes que desejam mais detalhes sobre os fatores ESG para avaliar o impacto total das suas decisões. As organizações e os seus líderes financeiros devem agir rapidamente para atender as expectativas das partes interessadas e articular uma narrativa única sobre como elas criam valor a longo prazo.
2. Fechando a lacuna de relatórios ESG
Há uma lacuna entre o quão úteis as empresas acreditam que os seus relatórios ESG sejam e as opiniões dos investidores que os usam em suas tomadas de decisão. Os investidores são mais propensos do que CFOs e líderes financeiros a se preocupar com a utilidade e a eficácia das divulgações ESG das organizações, incluindo a sua materialidade e a falta de percepção sobre a estratégia de valor de longo prazo.
3. Os padrões de relatório ESG podem ser cruciais para avaliar o valor a longo prazo
Os líderes financeiros e os investidores concordam com a importância de aumentar o rigor dos relatórios de ESG, introduzindo - e até mesmo exigindo - padrões que sejam comuns aos relatórios financeiros e à garantia. Entretanto, são os investidores, como usuários dos relatórios, que estão mais otimistas quanto à exigência de padrões consistentes e obrigatórios do que os líderes financeiros, como preparadores. Enquanto 74% dos líderes financeiros pesquisados disseram que seria útil exigir a divulgação de medidas de desempenho de ESG com base em um conjunto de padrões globalmente consistentes, esse número sobe para 89% no caso dos investidores.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), a International Financial Reporting Standards (IFRS) Foundation anunciou que criará um novo conselho – o International Sustainability Standards Boards (ISSB) – que terá a tarefa de criar um único conjunto de padrões "para atender às necessidades de informação dos investidores".1 Conforme descrito no artigo, esse pode ser um desenvolvimento significativo na transição para uma economia verde, mas pode haver uma série de questões para a agenda política em andamento.
4. Definindo o papel das finanças nos relatórios ESG
Para resolver a lacuna nos relatórios, os CFOs e os líderes financeiros devem definir o papel que eles e sua equipe devem desempenhar nos relatórios de ESG. Na pesquisa EY Corporate Reporting de 2020, 63% dos líderes financeiros entrevistados disseram que os relatórios ESG eram uma parte "significativa" ou "muito significativa" de suas funções e responsabilidades. Atualmente, esse número aumentou para 70% dos entrevistados.
Também houve um aumento significativo no número de líderes financeiros pesquisados: 33% disseram que era uma parte “muito significativa” do seu papel - um aumento de 24% dos entrevistados em 2020. Assim como os próprios líderes financeiros, as equipes financeiras também estão desempenhando um papel cada vez mais central nos relatórios ESG, com 95% dos líderes financeiros entrevistados afirmando que as equipes financeiras desempenharam algum tipo de papel.