CEOs brasileiros se mostram otimistas com os negócios, buscam JVs e respostas para IA

CEOs brasileiros estão mais otimistas, buscam joint ventures e respostas para AI

CEOs em todo o mundo estão adotando a AI como uma força para o bem, mas se mantendo cautelosos com as consequências desconhecidas

Em resumo

  • Embora ainda cautelosos com o cenário econômico e geopolítico, os CEOs estão otimistas com a performance operacional de suas empresas
  • As intenções de M&A permanecem fortes, mas os planos de joint venture são superiores às aquisições e aos desinvestimentos.
  • Os líderes sabem da capacidade da AI para transformar os negócios, mas concordam que as empresas precisam se concentrar nas questões éticas envolvendo a tecnologia. 

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s CEOs em todo o mundo estão adotando a AI como uma força para o bem, mantendo-se cautelosos com consequências desconhecidas e não intencionais. Eles acreditam que é preciso maior compromisso das empresas para mitigar significativos riscos sociais, éticos e cibernéticos.

Um estudo da EY com 1.200 CEOs em todo o mundo, 50 deles no Brasil, se concentra em como eles enxergam a utilização da AI atualmente e aborda tópicos sobre estratégias de alocação de capital, investimento e transformação, bem como planos para incorporar a sustentabilidade na agenda de crescimento – tudo em um cenário de adversidade econômica e geopolítica.

A rápida ascensão da AI

Os CEOs abraçam a promessa da inteligência artificial – mas com preocupações significativas.

A explosão de manchetes sobre a Inteligência Artificial Generativa nos últimos meses capturou a imaginação de CEOs, investidores e consumidores. Desde que o tema ficou conhecido, com o ChatGPT chegando ao mainstream, dezenas de bilhões de dólares foram investidos em aplicações do tipo, impulsionadas por Big Techs, como Google, Amazon, Microsoft e IBM.

Os sistemas de AI estão avançando em alta velocidade e os CEOs sabem da capacidade da tecnologia para resolver alguns dos maiores desafios da humanidade, impulsionar a produtividade e entregar resultados positivos para todas os stakeholders. Saber como agir e por onde começar é um dilema para alguns dos líderes de negócios

Para 84% dos CEOs brasileiros a AI é uma força para o bem – impulsionando a eficiência dos negócios e, portanto, criando resultados positivos para a sociedade, como em inovações em tratamentos de saúde.

Um grupo semelhante acredita que o impacto da AI substituindo os humanos na força de trabalho será contrabalançado pelas novas funções e oportunidades de carreira que a tecnologia cria – eles rejeitam os temores de que a AI possa impactar negativamente os números da força de trabalho.

No entanto, muito estão cautelosos com consequências desconhecidas e não intencionais. Eles acreditam que mais coisas precisam ser feitas para mitigar significativos riscos sociais, éticos e cibernéticos. Quase 90% dos entrevistados concordam que a comunidade empresarial precisa se concentrar muito mais nas implicações éticas da AI e que é preciso fazer mais para mitigar os “maus atores” da AI ​​que poderiam usar a tecnologia de maneiras prejudiciais – desde ataques cibernéticos até falsificações profundas e desinformação.

É imperativo que as CEOs e entendam os benefícios e riscos das ferramentas e que as organizações iniciem uma necessária revisão das políticas e procedimentos internos de governança para mitigar os riscos, garantir segurança, privacidade e preservar a confiança dos stakeholders.

Questões de capital e M&A

Embora quase todos ainda estejam cautelosos com o cenário geopolítico e macroeconômico, 82% dos CEOs começam a se mostrar mais otimistas em relação ao desempenho financeiro de sua empresa.  

Nos próximos 12 meses, as empresas afirmam que irão investir principalmente no crescimento inorgânico (34%), manutenção de reservas de caixa (30%), retorno de capital aos acionistas por meio de dividendos ou recompra de ações (20%) – mas a busca por crescimento orgânico não está descartada (16%). Dado o custo mais elevado do capital após uma série de aumentos agressivos das taxas de juros, essa representação demonstra prudência.

Em relação ao comportamento em fusões e aquisições, as escolhas dos CEOs brasileiros se mantêm semelhantes, com 54% buscando acordos de M&A. As intenções de joint ventures (JV) ou alianças estratégicas são de 80%, enquanto 40% pretendem desinvestir.

Quando perguntados sobre sua abordagem em relação à transformação do portfólio, abrangendo aquisições, desinvestimentos e cisões, 32% afirmaram que, para os próximos 12 meses, planeja aumentar o nível de mudança transformacional e 44% deseja manter os atuais níveis de transformação (28%). Dos 72% dos entrevistados que aceleram ou mantêm os níveis atuais de transformação da carteira, a principal fonte de transformação virá da melhoria do desempenho (68%).

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Isto indica que os CEO passaram da busca por crescimento a qualquer custo para investimentos com foco em rentabilidade e criação de valor, construindo uma agenda de capital equilibrada.

Sustentabilidade permanece sendo um ponto determinante, mas está em segundo plano em relação aos temas econômicos

A dura realidade do atual ambiente de baixo crescimento, inflação e altas taxas de juro incentivou muitos CEO a concentrarem-se mais intensamente no desempenho trimestral. Embora Sustentabilidade seja considerado um dos principais riscos para a performance da empresarial nos próximos 12 meses, com impacto significativo (54%) ou moderado (14%), apenas 16% dos entrevistados dizem que as iniciativas de sustentabilidade estão na vanguarda da estratégia de alocação de capital e dedicam recursos substanciais para apoiá-las. Já 36% priorizam iniciativas de sustentabilidade e alocam parcela significativa do capital para isso, enquanto 34% alocam capital para ações de sustentabilidade no mesmo nível que outras prioridades de negócios e 14% consideram as iniciativas de sustentabilidade, mas o tema não tem peso significativo na alocação de capital.

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Resumo

A nova edição do estudo CEO Outlook Pulse já está no ar, revelando a visão e planos dos CEOs sobre questões críticas como AI – inteligência artificial, estratégias de alocação de capital, investimento e transformação, além da incorporação da sustentabilidade na agenda de crescimento.

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