Três abordagens para reimaginar a função fiscal e financeira

As empresas que enfrentam avanços digitais e reformas fiscais globais devem se adaptar aos desafios contínuos. 

Nosso recente estudo, Reimagining the tax and finance function, de executivos seniores de 1.722 grandes organizações ao redor do mundo, indica que 84% das empresas estão tomando medidas devido a deficiências em seu atual modelo operacional.

Ele demonstra como a função tributária e financeira geralmente está lutando para acompanhar os avanços digitais, um impulso para a transparência e reformas globais do sistema tributário internacional.

A pesquisa, que foi conduzida pela Euromoney Institutional Investor Thought Leadership e inclui participantes de 63% das maiores empresas públicas da Forbes Global 500, indica que as organizações reconhecem que precisam ser ousadas e inovar sua função fiscal e financeira para gerenciar com sucesso essas pressões e fornecer valor em uma era de redução de custos. Mas também mostra que muitos estão lutando para encontrar a solução certa.

Determine a sua abordagem

Uma vez que decidem agir, as empresas líderes normalmente escolhem uma das três abordagens. Cada um tem os seus prós e contras. Este relatório explora essas opções com mais detalhes, usando os resultados da pesquisa para explicar o que as empresas estão fazendo no conjunto, ao mesmo tempo em que oferece insights para ajudar as empresas a decidir qual abordagem é a certa para elas.

A primeira opção é reconstruir ou transformar a função fiscal e financeira existente. Isso geralmente incluirá a construção de uma nova plataforma digital, treinamento ou contratação de tecnólogos tributários que entendam tanto o imposto quanto as novas ferramentas e explorem a criação ou expansão de um centro de serviços compartilhados.

A segunda opção é a externalização das atividades fiscais e financeiras para terceiros. Nesta opção, os custos e riscos de TI são transferidos para o(s) fornecedor(es) que já fizeram grandes investimentos em uma plataforma de tecnologia e uma rede global de pessoas qualificadas. No entanto, requer uma mudança significativa para a organização, incluindo um novo modelo de gestão e governança.

Encontre o seu caminho a frente

Os principais profissionais de finanças e impostos precisam reimaginar suas funções fiscais e financeiras para gerenciar adequadamente as pressões crescentes de hoje. O caminho para o sucesso começa a surgir quando as empresas tomam um olhar holístico para a sua função fiscal e financeira e o papel que desempenha na organização global.

Para identificar e executar a modificação necessária, as empresas podem executar essas poucas etapas:

Examinar o modelo operacional alvo atual: As empresas devem primeiro examinar as suas prioridades em torno da minimização de custos, criação de valor e gestão de risco e como a função fiscal e financeira joga na estratégia global. Com um profundo entendimento de suas prioridades, as empresas terão uma visão clara para avaliar quaisquer lacunas em seu atual modelo operacional alvo e sua capacidade de se posicionar no futuro.

Determinar o que construir: Manter internamente as atividades fiscais e financeiras geralmente requer algum grau de transformação interna com o objetivo de otimizar as pessoas, processos, dados e tecnologia existentes na empresa.   Muitas vezes, as empresas vão querer manter ou construir atividades que são consideradas de maior valor, ou as melhores da categoria, já que devem ser realizadas com a máxima eficácia e controle.

Exemplos de atividades de ponta incluem planejamento tributário e gerenciamento de controvérsias.

Determinar o que comprar: As atividades que são consideradas de menor valor, ou de melhor custo-benefício, devem ser realizadas a um custo mínimo através de centralização, terceirização em locais de menor custo, ou através de terceiros. Isso proporciona um desempenho de alta eficiência dessas atividades a um custo mais baixo. Algumas atividades típicas com objetivos de menor custo ou eficiência incluem a realização de declarações fiscais e a recolha de dados.

Encontre a mistura certa: Uma vez tomada a decisão de designar uma atividade como "best-in-class" ou "best-in-cost", as empresas têm de decidir se querem "possuir" essa tarefa, mantendo-a a nível interno ou, em alternativa, "comprar" ou externalizar a tarefa a um prestador externo. Muitas empresas optam por uma abordagem híbrida para maximizar a eficácia e a eficiência da sua função fiscal.

In-house versus tercerização

Há prós e contras em manter as atividades em casa versus terceirização. Uma transformação interna e a manutenção interna destas atividades é a mais tradicional e pode ser a solução mais familiar, uma vez que cria a menor quantidade de mudanças e perturbações. Mas requer um foco significativo de gestão e investimento de capital. Além disso, a manutenção de uma função fiscal e financeira robusta num ambiente em rápida mutação pode ser o desafio mais difícil de todos.

A terceirização para terceiros pode reduzir os custos fiscais gerais, controlar investimentos imprevisíveis em TI e pivotar recursos internos para atividades mais estratégicas. Como o fornecedor externo carrega o fardo de fazer investimentos consideráveis no talento e na tecnologia necessários, a empresa é capaz de alavancar a mudança de forma mais eficaz. No entanto, a terceirização requer um esforço de transição significativo, bem como a gestão e governança de um novo modelo operacional.

Com os desafios para a construção da função fiscal e financeira, é imperativo agir. As empresas devem considerar a melhor abordagem e tomar as medidas necessárias para atingir os seus objectivos fiscais e financeiros. Só assim poderão reimaginar totalmente e desempenhar a função fiscal e financeira de que necessitam e estar posicionados para prosperar.