Segundo o International Corporate Governance Network (ICGN), organização internacional de princípios de governança corporativa, ter mais mulheres em cargos seniores permite às empresas inovar mais e ter um melhor desempenho.
Aos poucos, é possível encontrar, com mais facilidade, mulheres em posições de liderança no Brasil e no mundo, principalmente em empresas com cultura organizacional mais avançada, na qual a diversidade é valorizada.
A evolução, porém, é ainda pequena perto da transformação que deveria ocorrer para que a força de trabalho feminina tenha as mesmas oportunidades que a masculina; e é um engano achar que a situação está se resolvendo na velocidade adequada.
Os dados são claros e expõem com clareza a inequidade de gênero existente no mercado de trabalho. Mundialmente, menos de 7% dos chief executive officers (CEOs), os principais executivos de uma empresa, são mulheres. Índice muito similar é o da presença feminina nos conselhos de administração de organizações na América Latina (7,4%), que, comparada a outras regiões, só está à frente do Oriente Médio (0,9%) e fica muito atrás da liderança exercida pela Europa setentrional, onde mais de um terço (36,3%) dos membros de boards são mulheres.
Completando o quadro, dados de 2018 da Corporate Women Directors International mostram que as mulheres ocupam apenas 16,7% dos cargos de diretoria de empresas públicas em todo o mundo. Podem-se apontar motivos culturais e estruturais que impedem a equidade de gênero no mercado de trabalho. Mas a verdade é que, seja qual for a causa do desequilíbrio, muitas empresas ainda não sabem do valor da diversidade em geral, e mais especificamente da presença feminina, para a competitividade e o desempenho de uma organização.
Segundo o International Corporate Governance Network (ICGN), organização internacional de princípios de governança corporativa, ter mais mulheres em cargos seniores permite às empresas inovar mais e ter um melhor desempenho. A melhoria da diversidade de gênero deveria estar, consequentemente, no centro da estratégia de qualquer empresa. Os dados disponíveis são contundentes.
De acordo com análise do S&P Composite 1500, índice mais amplo da bolsa de valores de Nova York, as empresas com mulheres no topo valem, em média, 40 milhões de dólares mais do que aquelas sem mulheres. Já o think tank Peterson Institute for International Economics descobriu que conselhos com 30% ou mais de mulheres poderiam fazer as margens líquidas de suas empresas crescerem até 6%. Isto é: a liderança diversificada de gênero está intimamente ligada à capacidade de uma organização de inovar e gerar lucros.
Por acreditar nisso e nos valores éticos de uma sociedade plural e inclusiva, a EY possui diferentes programas para estimular a ascensão de mulheres, dentro da própria firma e em sua esfera de influência. Exemplos disso são o Winning Women, um programa de mentoria que apoia empreendedoras com conhecimento e rede de relacionamento, e o Women. Fast Forward, plataforma global de engajamento de funcionários, clientes e comunidades em torno do tema.
Para fortalecer ainda mais essa bandeira, a EY lançou, em 2017, nos EUA, e em 2019, no Brasil, o “Power Up - Poder Feminino”, um workshop direcionado para mulheres, com o objetivo de ampliar a rede de relacionamentos, dar acesso a um conteúdo exclusivo de informações sobre o tema do empoderamento feminino e provocar reflexões, aprendizado e engajamento.
Com base em metodologia proprietária EY, o Power Up é dividido em cinco elementos, cada um representando comportamentos/atitudes frequentes ao gênero feminino e capazes de construir, aumentar ou diminuir as habilidades de poder.
São eles: projetar confiança autenticamente; o controle da sua carreira está no seu comando; desmitifique sua rede de relacionamentos; elevar sua comunicação; realizar seu propósito. Em 2019, o Power Up realizou workshops para clientes em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia que, somados, reuniram cerca de 350 executivas diretoras de RH e líderes de D&I. A EY Brasil acredita que, ao empoderar e engajar essas mulheres, o efeito se propaga para os talentos que elas atendem e apoiam, contribuindo para um mundo de negócios melhor e, portanto, ajudando a realizar o propósito da EY.