3 Minutos de leitura 12 mai 2021
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Por que as intenções de M&A voltaram aos níveis normais no Brasil?

3 Minutos de leitura 12 mai 2021

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  • EY Global Capital Confidence Barometer: Destaques Brasil

  • Global Capital Confidence Barometer 23rd edition report (pdf)

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Os executivos brasileiros estão focando em investimentos estratégicos e M&A para transformação digital, crescimento lucrativo e resiliência nos negócios.

Em resumo
  • Atingidos duramente pela crise durante a pandêmia, os executivos brasileiros esperam que o caminho para a recuperação leve algum tempo.
  • A estratégia corporativa e as M&A estão focadas na transformação digital para encontrar novos caminhos para o crescimento, resiliência e melhores margens de lucro.
  • À medida que os valores sociais mudam, as empresas brasileiras esperam que novas parcerias e inovação desempenhem um papel mais importante em sua atividade empresarial.

Os executivos brasileiros continuam cautelosos em relação ao caminho para recuperação, a despeito de um leve aumento da atividade econômica em 2021.

De acordo com a última pesquisa  Global Capital Confidence Barometer (pdf) da EY, 86% dos executivos brasileiros tiveram redução significativa de receita e rentabilidade em decorrência da pandemia da COVID-19, que prejudicou a economia brasileira. Com uma forte segunda onda do vírus se espalhando por todo o Brasil, o maior risco para o crescimento das empresas continua sendo a pandemia, de acordo com executivos do país.

Apenas 17% deles (frente a 46% no mundo) esperam que suas receitas retornem aos níveis pré-pandemia em 2021. Outros 52% acham que isso deverá ocorrer em 2022 ou mais adiante. Com relação à rentabilidade, os executivos brasileiros acreditam que ela retornará aos níveis pré-crise em 2022 (28%) ou 2023 (38%).

Análises estratégicas identificam digital e tecnologia como direcionadores de crescimento

Com tamanha incerteza, praticamente todas as empresas brasileiras ouvidas na pesquisa afirmam que sua análise de estratégia e portfólio no ano passado, acelerada pela pandemia, é parte de uma grande transformação corporativa e tecnológica.

A dificuldade é determinar quais mudanças provocadas pela pandemia são temporárias e quais permanecerão no longo prazo, conforme as empresas identificam áreas para investimento em recursos digitais e tecnológicos. Embora 32% dos executivos acreditem que seus esforços de transformação digital durante a pandemia tenham tido desempenho melhor do que os de seus concorrentes, uma fatia similar deles (35%) acredita que seus esforços digitais tiveram desempenho abaixo do esperado.

A fim de melhorar suas margens de lucro, 28% deles diz querer utilizar a tecnologia e automação para melhorar a escalabilidade e substituir a mão de obra de alto custo. Além disso, outros 27% desejam melhorar as interações com o cliente a partir de plataformas digitais.

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Conforme a sociedade muda, empresas brasileiras enxergam benefícios em ecossistemas

As companhias brasileiras estão explorando iniciativas corporativas, inovação aberta e alianças com startups como resposta a uma evolução nos valores econômicos e do consumidor, que transformaram o propósito de vários negócios.

É provável que essa transformação resulte na venda de ativos que não geram renda no Brasil, de acordo com a pesquisa Global Capital Confidence Barometer da EY deste ano. Há consenso entre as empresas brasileiras de que é preciso definir com maior clareza seu papel futuro, nesse contexto em constante mudança. Ao mesmo tempo, os executivos indicam estarem abertos para parcerias com concorrentes para a criação de novas soluções e acreditam que uma transformação de sucesso, orientada ao ecossistema, impulsionará a especialização, o que poderá exigir a venda de ativos que não geram receita.

M&A com foco em objetivos domésticos

Os executivos brasileiros estão mais moderados em sua busca por M&A do que há um ano. Pouco antes do início da pandemia no Brasil, os executivos estavam se preparando para as compras em 2020, com 66% deles afirmando que buscariam ativamente M&A. A pesquisa Global Capital Confidence Barometer deste ano sugere uma normalização desse movimento, com 43% buscando fazer negócio nos próximos 12 meses.

Uma preferência esmagadora por aquisições no mesmo setor indica maior evidência de que os executivos brasileiros estão mais interessados em adquirir novos recursos (ativos digitais e tecnológicos para aumento de resiliência) do que em entrar em novos mercados. Com espaço considerável para crescimento no país, 69% das companhias no Brasil afirmam estarem mais propensas a aquisições de empresas dentro do país. No entanto, 70% creem que poderão enfrentar concorrência feroz do capital privado.

Intenções de M&A

43%

dos executivos brasileiros esperam buscar uma M&A no ano que vem.

Companhias brasileiras se preparam agora para o futuro dos negócios

Os próximos meses serão decisivos para as empresas brasileiras, na medida em que continuam a lidar com o impacto da pandemia, com inflação e eleição presidencial de 2022 à espreita. Ainda que talvez leve tempo para que os negócios voltem ao normal, os executivos estão confiantes de que os desafios que estão enfrentado sejam temporários.

Enquanto isso, fazem planos para melhorar a resiliência de suas organizações e transformá-las, para que possam aproveitar as oportunidades para além da crise da pandemia.

Resumo

A pesquisa  Global Capital Confidence Barometer (pdf)  mede a confiança das empresas nas perspectivas econômicas e identifica tendências e práticas da diretoria no gerenciamento de suas Agendas de Capital.

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