Os executivos brasileiros continuam cautelosos em relação ao caminho para recuperação, a despeito de um leve aumento da atividade econômica em 2021.
De acordo com a última pesquisa Global Capital Confidence Barometer (pdf) da EY, 86% dos executivos brasileiros tiveram redução significativa de receita e rentabilidade em decorrência da pandemia da COVID-19, que prejudicou a economia brasileira. Com uma forte segunda onda do vírus se espalhando por todo o Brasil, o maior risco para o crescimento das empresas continua sendo a pandemia, de acordo com executivos do país.
Apenas 17% deles (frente a 46% no mundo) esperam que suas receitas retornem aos níveis pré-pandemia em 2021. Outros 52% acham que isso deverá ocorrer em 2022 ou mais adiante. Com relação à rentabilidade, os executivos brasileiros acreditam que ela retornará aos níveis pré-crise em 2022 (28%) ou 2023 (38%).
Análises estratégicas identificam digital e tecnologia como direcionadores de crescimento
Com tamanha incerteza, praticamente todas as empresas brasileiras ouvidas na pesquisa afirmam que sua análise de estratégia e portfólio no ano passado, acelerada pela pandemia, é parte de uma grande transformação corporativa e tecnológica.
A dificuldade é determinar quais mudanças provocadas pela pandemia são temporárias e quais permanecerão no longo prazo, conforme as empresas identificam áreas para investimento em recursos digitais e tecnológicos. Embora 32% dos executivos acreditem que seus esforços de transformação digital durante a pandemia tenham tido desempenho melhor do que os de seus concorrentes, uma fatia similar deles (35%) acredita que seus esforços digitais tiveram desempenho abaixo do esperado.
A fim de melhorar suas margens de lucro, 28% deles diz querer utilizar a tecnologia e automação para melhorar a escalabilidade e substituir a mão de obra de alto custo. Além disso, outros 27% desejam melhorar as interações com o cliente a partir de plataformas digitais.