Uso da IA generativa pelas empresas começa com identificação do problema a ser resolvido

4 Minutos de leitura 22 jul 2024
Por Agência EY

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Além disso, por ser uma tecnologia de implementação ainda cara, é preciso priorizar sua aplicação para as áreas ou atividades mais estratégicas do negócio

Os tempos mudam e as tecnologias se renovam, mas uma pergunta não pode deixar de ser feita no ambiente corporativo: qual é o problema a ser resolvido? Encontrar essa resposta para determinada dor do negócio continua sendo o desafio para as empresas. O investimento em IA generativa só dará retorno se houver primeiro esse direcionamento, compreendendo, ainda, se vale a pena usar essa tecnologia para esse propósito – ou se eventualmente existe uma mais barata que atenda ao mesmo fim, como IA tradicional e machine learning. 

“A IA generativa tem um poder transformador, mas só trará valor percebido pela empresa e por seus stakeholders se resolver de fato um problema de negócio ou se for o caminho mais rentável para solucioná-lo. Para que isso ocorra, há necessidade do envolvimento de toda a organização, o que se dará por meio do investimento para capacitação das habilidades dos profissionais, como os de tecnologia, e de uma governança que mitigue os riscos”, disse Giuliane Paulista, gerente-executiva de IA e Analytics do Banco do Brasil, que palestrou no painel da EY na Febraban Tech 2024.

Faz parte desse esforço de governança o engajamento dos profissionais, independentemente de sua área de atuação. “Há uma estratégia a ser desenvolvida, para empresas de todos os níveis de maturidade, que é estabelecer as diretrizes que serão seguidas por todos, garantindo que os colaboradores entendam efetivamente a relevância das tecnologias, incluindo a IA generativa, para solucionar problemas”, destacou Telma Luchetta, sócia-líder da EY em Generative AI, Data e Analytics Latam. Nesse conceito de governança embarcada, os profissionais precisam trazer a utilização da IA para o dia a dia, ficando à vontade para colocar em prática a inovação nas suas tarefas diárias. “Claro que há necessidade de definição de regras, daí o porquê da governança, para evitar, por exemplo, que áreas diferentes acionem o mesmo cliente de forma desorganizada por meio da inteligência artificial”.

Governança e segurança dos dados

Para Henrique Arutin, gerente de IA do Bradesco, o momento atual da IA generativa é embrionário na instituição financeira, com a realização de testes internos antes de sua utilização com os clientes. “Estamos concentrados em um framework de IA para escalar a tecnologia no futuro. A preocupação com a governança faz parte de cada um dos nossos projetos”, afirmou Arutin, que também palestrou no painel promovido pela EY. Maurício Chaiben, GenAI, Data & Analytics Manager na EY, lembrou sobre a relevância da validação de hipótese, que permite a experimentação em um ambiente de teste. “Caso a hipótese seja confirmada, abre a possibilidade de uso no ambiente real, sempre com atenção aos aspectos de governança e de segurança dos dados”, observou.

Por fim, Raphael Narezzi, Head de TI do Santander, que igualmente palestrou no painel da EY, chamou a atenção para a série de desafios trazidos pela IA generativa que precisam ser tratados pelas empresas. O primeiro deles é priorizar, por causa do valor ainda alto de implementação desses sistemas, as áreas mais relevantes para o negócio. O segundo é a qualidade dos dados, já que prepará-los para o consumo de modelos na IA generativa é mais complexo, exigindo das empresas uma preocupação ainda maior com a acuracidade em relação às respostas dadas pela tecnologia. “É preciso um aculturamento de toda a organização, especialmente das áreas de tecnologia e de negócios, que precisam estar preparadas para lidar com os inúmeros desafios”.

A inteligência artificial tem sido cada vez mais utilizada pelas empresas para inovar e tornar mais produtivo o dia a dia dos seus negócios. Há, no entanto, diversas dúvidas sobre como desenvolver e operacionalizar esses sistemas evitando os riscos que podem comprometer os resultados financeiros e a reputação das organizações. Nesse contexto, a EY lançou a série “IA aplicada aos negócios: Como utilizar essa tecnologia com segurança e governança para gerar inovação”, que, além desta reportagem, já publicou as seguintes:

IA generativa para fins tributários atende às obrigações fiscais e gera inteligência

Empresas adotam IA generativa na gestão do contencioso tributário

IA em 2024 requer fortalecimento da governança em assuntos como proteção de dados

Estudo da EY aponta cinco tendências globais para regulamentação de IA

Monitoramento por IA das emissões de metano já é realidade na indústria de gás e petróleo

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