Open Finance empodera cliente e traz inovação com agregadores financeiros

4 Minutos de leitura 17 mai 2023
Por Agência EY

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4 Minutos de leitura 17 mai 2023

Com pouco mais de dois anos, o sistema financeiro aberto brasileiro já produz resultados e, segundo o Global Open Finance Index, deve assumir em breve a liderança mundial

Lançado há pouco tempo, o Open Banking brasileiro, que recebeu recentemente a denominação de Open Finance por englobar serviços de seguros, investimentos e operações de câmbio, está tornando o mercado financeiro aberto e acessível por meio do compartilhamento de dados dos clientes entre as instituições participantes. Os diferentes sistemas das instituições se comunicam por meio de APIs (linguagens de programação) para oferecer ao cliente uma experiência integrada, segura e muito mais personalizada.

O consentimento é mencionado como sinônimo de adesão ao Open Finance porque o cliente precisa querer participar dele, autorizando expressamente o ingresso por meio do sistema de alguma das instituições inscritas na iniciativa. Essa lógica empodera o cliente, permitindo a ele usar seus dados para negociar com as instituições melhores condições em produtos e serviços, como um cartão de crédito com limite maior ou um empréstimo a juros menores e com maior número de parcelas para pagamento.

“Diversas inovações têm surgido no Brasil, como os agregadores financeiros, que permitem ao cliente visualizar todos os seus serviços e produtos bancários em uma única plataforma. O Open Finance traz padronização e segurança ao ecossistema, contribuindo para o ambiente de inovação”, observa Chen Wei Chi, líder de Transformação de Negócio de Serviços Financeiros e Open Finance da EY Brasil.

O Open Banking brasileiro, que posteriormente se tornou Open Finance, deve ultrapassar o do Reino Unido, pioneiro na iniciativa, e assumir em breve a liderança mundial. É essa a projeção do Global Open Finance Index, relatório elaborado pela entidade Open Banking Excellence (OBE) em parceria com a Universidade de Oxford. Ainda segundo esse documento, o país atingiu, já no primeiro ano, a marca de 5 milhões de conexões ou consentimentos ativos – tempo que o Reino Unido levou cinco vezes mais para alcançar. O relatório da OBE e da Universidade de Oxford foi feito com base em entrevistas com mais de 400 especialistas de 23 países, contando, ainda, com dados do Banco Mundial, do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Dealroom.

Dados recentes do Banco Central indicam que o Brasil já tem 22 milhões de consentimentos ativos, além de 15 milhões de clientes únicos e mais de 800 instituições participantes, de todos os portes, incluindo bancos, cooperativas de crédito e fintechs. “O que se espera neste ano é que as instituições participantes do Open Finance ofereçam o compartilhamento de dados sobre novos produtos e serviços, como seguro, câmbio e investimentos de forma geral, incluindo previdência. Há previsão, ainda, de funcionalidades voltadas para o público empresarial”, diz Chen.

Potencial enorme para gerar negócios

Estimativa recente divulgada pela Allied Market Research indica que o mercado global de Open Banking deve atingir US$ 124 bilhões em 2031, apresentando um ritmo de crescimento de 22% ao ano. Somente no Brasil, de acordo com estudo da Serasa, o sistema financeiro aberto pode injetar R$ 760 bilhões na economia e incluir cerca de 4,6 milhões de pessoas no mercado de crédito.

“As instituições financeiras desejam impulsionar a adesão ao Open Finance, ainda que os números de entrada estejam sendo positivos, considerando a data do lançamento dessa iniciativa. Para isso, elas buscam no momento torná-lo mais conhecido pela população, por meio de campanhas de comunicação em seus próprios canais e fora deles, já que foi esse um dos gargalos identificados que precisam ser sanados para que essa inovação possa avançar com velocidade maior”, finaliza o executivo da EY Brasil.

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