“IA permitirá entender necessidades individuais dos alunos”, diz Rodrigo Galindo, da Cogna Educação

4 Minutos de leitura 14 jun 2023
Por Agência EY

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4 Minutos de leitura 14 jun 2023

“IA permitirá entender necessidades individuais dos alunos”, diz Rodrigo Galindo, da Cogna Educação

Rodrigo Galindo, da Cogna Educação, homenageado na categoria Master do EOY 2018.

O empreendedor do ano de 2018 diz que novas tecnologias, como a inteligência artificial generativa, darão os insumos para uma jornada de ensino cada vez mais personalizada

Rodrigo Galindo, chairman da Cogna Educação, foi o homenageado na categoria Master da edição de 2018 do programa EOY – Empreendedor do Ano, promovido pela EY. Na época, ele atuava como CEO da Kroton Educacional. Bacharel em direito pela Universidade de Cuiabá (Unic) e mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Galindo atua na gestão de instituições educacionais há mais de 30 anos. Em 2010, passou a exercer a função de diretor de Operações e de Ensino Superior da Kroton Educacional e, em 2011, tornou-se CEO da empresa. Em 2019, Galindo assumiu a posição de CEO e membro do conselho da Cogna Educação. Atualmente, além desses cargos, é membro do Conselho de Administração da Suzano e da Endeavor. O executivo também foi membro do Conselho de Administração do Burger King Brasil, da Arezzo e da SIMCo Saúde.

Galindo é o segundo entrevistado da série da Agência EY com representantes homenageados da categoria Master das edições anteriores do EOY.

1) Como foi ser homenageado no Empreendedor do Ano de 2018?

GALINDO: Trabalhamos por propósito, que, no nosso caso, em educação, é ajudar cada pessoa na construção da sua melhor versão, e é isso que nos move. Reconhecimentos como o EOY são importantes porque indicam que estamos no caminho certo, com a sociedade percebendo o trabalho que está gerando frutos. O Empreendedor do Ano em 2018 foi gratificante, pois se trata de uma das maiores homenagens para executivos. Foi uma honra não apenas para mim, mas para os 23 mil colaboradores que representei.

2) Na época, você atuava como CEO da Kroton Educacional e, atualmente, continua no grupo, mas à frente da Cogna Educação. Quais foram as mudanças ocorridas na companhia de 2018 para cá?

GALINDO: Nesse período, nós passamos por uma das principais mudanças culturais da empresa, que foi o processo de construção da cultura digital, culminando em uma alteração da forma como a companhia enxerga seu negócio. Certamente, esse foi nosso maior desafio. Fazer a metamorfose de uma empresa eficiente e bem-sucedida de educação para uma empresa de tecnologia e educação em que os modelos mentais de inovação e digitalização são elementos centrais da organização.

Um terço dos funcionários de escritórios corporativos da companhia são de tecnologia ou de produto. Desse processo profundo de mudança de modelo mental, vieram a aquisição da Somos, uma empresa de conteúdos de educação que se transformou na maior plataforma de tecnologia e educação básica do Brasil dentro do grupo Cogna, e a implementação da visão ambidestra, equilibrando a balança entre inovação e manutenção da excelência operacional. A empresa se permite buscar novas avenidas de inovação, enquanto segue com seu crescimento e entregas de valor para o segmento educacional.

3) Quais foram as principais mudanças no mercado de educação nos últimos anos e quais suas expectativas para o futuro?

GALINDO: A pandemia em 2020 foi um grande catalisador de mudança no cenário educacional. A digitalização que já era tendência se acelerou enormemente e veio combinada com retração da economia. Na Cogna, o desafio foi reinventar nosso negócio, acelerando a digitalização, mantendo o time engajado e conduzindo um turnaround na operação de ensino presencial da graduação que se digitalizou mais rápido do que o esperado. Já na educação básica, tornamos o Plurall, da SOMOS, durante a pandemia, a maior plataforma de ensino digital do país para escolas privadas, que conta com 2 milhões de estudantes embarcados, além de ter 45% do tráfego das plataformas digitais privadas.

Em relação à expectativa para o futuro, a digitalização que observamos nos últimos anos será ainda mais acelerada com a inclusão das novas tecnologias, como a inteligência artificial generativa. Em breve, será possível entender os comportamentos e as necessidades individuais de cada aluno para oferecer uma jornada de ensino cada vez mais personalizada. 

4) Como a tecnologia e a inteligência artificial, com ferramentas como o ChatGPT, estão impactando esse universo?

GALINDO: Como empresa que mais investe em tecnologia na educação, a inovação faz parte das nossas prioridades estratégicas. Nós criamos um grupo de trabalho para discutir o impacto dessas novas tecnologias que estão chegando, como o ChatGPT.

É preciso aprender a operar essa ferramenta com o objetivo de criar métodos de ensino que desenvolvam as competências certas para preparar todos os perfis de alunos, desde aqueles que utilizam nossos sistemas de ensino até quem está procurando uma especialização para melhorar sua carreira ou até mesmo empreender. No entanto, a grande ponderação que faço é a cautela na utilização. Afinal, ainda é muito importante e eficaz no processo de ensino e aprendizagem a figura do professor, seja mediado ou não por uma tecnologia.

5) O Brasil está entre os países com maior número de empreendedores. Considerando sua trajetória profissional e os desafios enfrentados, quais são suas orientações para essas pessoas?

GALINDO: Venho de uma família de empreendedores da área de educação e, desde muito jovem, aprendi que a educação é o único jeito de mudar o mundo. Essa crença é a razão do meu ímpeto por empreender e os exemplos que tive em minha família me ajudaram muito na minha trajetória.

Também pude entender de perto a jornada de empreendedores de alto impacto por meio da minha atuação na Endeavor desde 2015 como mentor, embaixador, conselheiro e chairman, posição que ocupei até o mês passado. Com base nessa experiência, minha orientação para as pessoas que querem empreender é que elas tenham clareza sobre qual o problema que desejam resolver, e que a solução seja inédita ou com diferenciais claros. Buscar aquilo que as inspire genuinamente, encontrar seu propósito, o que as move e que faz brilhar os olhos. Além disso, é importante escolher as pessoas certas (tanto as que serão sócias, como as que serão do time), porque elas vão ajudar a resolver todos os outros problemas. E não ter medo de errar, mas errando rápido, barato, corrigindo e aprendendo com o erro. A partir dessas premissas, meu conselho é que se planejem e estejam preparadas para muito trabalho duro nessa jornada incrível que é empreender.

Edição 2023 do EOY

Idealizado e promovido pela EY desde 1998 no Brasil, o programa Empreendedor do Ano reconhece líderes empresariais de setores e mercados distintos que, com sua visão de futuro, têm algo em comum: a vontade de transformar a realidade do país, deixando seu legado e contribuindo para a construção de um mundo de negócios melhor. As inscrições para a 26ª edição já estão abertas e podem ser feitas aqui.

Esta entrevista faz parte da série da Agência EY com representantes homenageados da categoria Master do programa EOY – Empreendedor do Ano. Leia abaixo a entrevista que abriu esse conteúdo especial.

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