ESG é a maior preocupação para empresas de mineração e metais

4 Minutos de leitura 12 jun 2023
Por Agência EY

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4 Minutos de leitura 12 jun 2023

Os aspectos dessa agenda foram o tema mais mencionado pelos executivos nas últimas duas edições de estudo realizado pela EY em parceria com o IBRAM

As empresas de mineração e metais no Brasil consideram a agenda ESG o principal tema em termos de riscos e oportunidades de negócios, de acordo com estudo da EY em parceria com o IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração). Assim como nas duas últimas edições, o levantamento de 2023 foi aprofundado com a realidade brasileira, por meio de entrevistas realizadas em março deste ano com executivos da alta gestão das maiores empresas do setor com atuação no país.

Como risco, os aspectos ESG se aplicam à mineração por sua característica de atividade primária, fazendo parte, portanto, da cadeia de fornecimento da maioria dos produtos consumidos. Por esse motivo, ela tem recebido crescente pressão social, especialmente de investidores, para sua descarbonização e conformidade com outras metas globais de sustentabilidade. Os impactos da mudança climática, como enchentes, crises no sistema elétrico e falta de água potável, acrescidos de falhas na governança corporativa comprometem a segurança socioambiental, trazendo consequências para os custos dessas empresas e podendo inviabilizar sua licença social para operar.

Por outro lado, a oportunidade reside na busca crescente por minerais e metais produzidos de forma mais limpa e sustentável, já que os clientes estão dispostos a investir mais nesses produtos. Mineradoras com modelos de negócio integrados têm se beneficiado por meio do oferecimento de produtos com certificado de origem, principalmente as que atuam na indústria de metais preciosos. O Brasil tem reservas de minerais estratégicos para a transição energética, como lítio, vanádio e cobre, utilizados na produção de baterias elétricas e seus componentes – essenciais para a eletrificação dos transportes e motores em geral. O potencial da mineração brasileira pode ainda ser positivamente impactado pela busca global por minerais e metais verdes, já que o país está à frente da média global em capacidade de geração de energia limpa.

“Nossa matriz energética, formada por 45% de fontes renováveis, permite que tenhamos produtos com menor impacto de emissão de carbono em comparação com concorrentes de outros países. Paralelamente, estamos criando soluções baseadas na natureza, que dizem respeito a como manter os biomas saudáveis, gerando desenvolvimento socioeconômico e possibilitando o sequestro de carbono”, observa Afonso Sartorio, líder de energia e recursos naturais da EY.

Principais questões de ESG

A pesquisa da EY e do IBRAM traz um grande bloco sobre sustentabilidade, como ESG, mudanças do clima e licença social para operar. “O Brasil ainda é um país pobre e desigual. Nesse contexto, as empresas do setor estão fazendo movimentos importantes para superar a forma de contribuição assistencialista observada no passado, voltada para o curto prazo, e desenvolvendo projetos estruturantes de desenvolvimento dos territórios nos quais elas estão situadas”, diz Sartorio. “Essas transformações nos modelos de negócio e nas cadeias de valor dessas empresas se refletem na digitalização e na atratividade da força de trabalho”.

Os executivos responderam sobre as questões de ESG que o setor de mineração e metais enfrentará maior escrutínio de investidores. Em primeiro lugar, com 78% das respostas, apareceu o impacto nas comunidades locais. Na sequência, com 76%, gestão da água; seguida de descarbonização, com 55%; mudanças climáticas, com 46%; produção sustentável, com 35%; emissões de escopo 1 (geradas no processo produtivo da empresa com a queima de combustíveis para energia térmica) e escopo 2 (emissões que se referem à eletricidade que a empresa consome), com 31%; diversidade, equidade e inclusão, com 27%; fraude e corrupção, com 17%; emissões de escopo 3 (ocorridas ao longo do ciclo de vida dos produtos e serviços da empresa, incluindo as emissões geradas por fornecedores, pelo transporte dos minérios, pelos rejeitos da produção, pelo processamento metalúrgico e pela reciclagem pós-consumo), com 15%; biodiversidade, com 13%; trabalho análogo à escravidão, com 4%; e trabalho infantil, com 1%.

Assista aqui ao webcast de lançamento do estudo.

Acesse aqui o estudo na íntegra.

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