Cibersegurança aparece entre os principais riscos para as telcos em 2024

IA generativa traz desafios sobre a governança de dados, especialmente em relação às ameaças cibernéticas, mas há consenso de que essa tecnologia oferece oportunidades para as telcos acelerarem sua transformação digital, aponta estudo da EY

A segurança cibernética está entre os principais riscos de negócio para as telcos, que não podem subestimar a capacidade de as ameaças cibernéticas afetarem a privacidade e segurança dos seus sistemas e das suas operações. Esse risco está entre os dez maiores de 2024 apontados por estudo sobre o setor elaborado pela EY. 

Os outros nove são resposta insatisfatória aos clientes, que, de forma geral, estão atentos ao preço por causa especialmente do aumento do custo de vida; gestão inadequada de talentos; má gestão da agenda de sustentabilidade; incapacidade de explorar novos modelos de negócios; qualidade da rede e proposta de valor inadequadas; incapacidade de melhorar a cultura da força de trabalho e enxergar novas formas de trabalho; engajamento ineficaz com ecossistemas externos; incapacidade de se adaptar ao cenário regulatório em transformação; e incapacidade de maximizar o valor dos ativos de infraestrutura.

As violações de segurança cibernética devem custar mais de US$ 3 milhões às organizações – aumento de 40% em relação ao ano passado, de acordo com mais da metade das telcos entrevistadas (53%). Questões internas estão prejudicando os esforços de segurança cibernética dessas empresas, além de uma dificuldade da força de trabalho que não faz parte do TI de aderir às melhores práticas de segurança, bem como uma percepção de que há muitas superfícies de ataque para proteger. 

Para deixar o cenário ainda mais desafiador, a chegada de novos ciclos tecnológicos aumenta os riscos cibernéticos. Nos próximos cinco anos, a maioria das telcos acredita que IoT (Internet das Coisas), nuvem em escala e inteligência artificial oferecerão riscos substanciais em uma perspectiva de cibersegurança.

Ascensão da IA generativa

Entre as telcos, não há dúvida de que a inteligência artificial generativa oferece grandes oportunidades para que possam acelerar a transformação digital dos seus negócios, especialmente em áreas como atendimento ao cliente e gestão de rede. Esse é um dos motivos pelos quais quatro em cada cinco consideram que a IA é uma força para o bem. 

No entanto, quase a mesma proporção tem consciência de que há riscos de segurança relacionados a essa questão, com 74% das telcos acreditando que precisam fazer mais para mitigar os riscos de quem utiliza a IA para propósitos ruins. Também estão conscientes de que a ascensão dessa tecnologia aumenta seus desafios em torno da governança de dados. Há, ainda, potenciais implicações éticas e consequências não intencionais da IA ​​que precisam ser consideradas.