O EY 2020 Global Corporate Divestment Study revela que a atividade de desinvestimento está preparada para uma forte recuperação à medida que as empresas reequilibram os seus portfolios.
Mais empresas do que nunca (72%, vs. 63% em 2019) afirmam ter mantido ativos durante demasiado tempo. Paralelamente, o nosso último inquérito sugere que a recessão económica está a dar um impulso aos vendedores, com mais de três quartos (78%) a planearem um processo de alienação.
É evidente que, à luz da COVID-19, os executivos precisam de planear agora, o que vai acontecer no futuro. As empresas, incluindo 65% que estão a reequilibrar os seus portfolios, em resultado da crise, têm de estar dispostas a tomar medidas, uma vez que enfrentam decisões ainda mais difíceis de alocação de capital. E os investimentos de capital serão provavelmente necessários agora para que a organização esteja preparada para o futuro em termos de tecnologia, automação e cadeias de valor.
Existe provas de que a tomada de medidas corajosas agora, poderá dar frutos, e as empresas mais resilientes e bem-sucedidas serão aquelas que demonstrem disciplina e se concentrem na transformação de portfolios. As lições retiradas da crise financeira global mostram que os desinvestidores ativos superaram em 24 pontos percentuais o desempenho dos não-desinvestidores nos oito anos que se seguiram a essa crise, em termos de rendimento total dos acionistas.
Os que emergem mais fortes na próxima fase da atual crise estarão a reinventar não só os seus portfolios, mas também o core business da sua atividade, neste momento. As empresas podem não vender necessariamente a curto prazo, mas compreendem que é necessária uma preparação para tomar medidas. Mais de metade das empresas (57%) dizem que vão iniciar a sua próxima alienação num prazo de 12 meses, a maioria dentro dos próximos 6-12 meses. O resultado é um enfoque a longo prazo nos aspetos de maior crescimento do portfolio, com 67% a planear reinvestir as receitas de processos de alienação nas atividades principais.