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11 dez 2022  | Lisbon, PT

Trabalhadores portugueses Acreditam na inteligência artificial

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  • Resultados do EY AI Experience in Europe indicam que 86% dos trabalhadores portugueses consideram promissor o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), o valor mais alto entre os países europeus 
  • A larga maioria dos trabalhadores portugueses considera que a sua empresa investe insuficientemente nos programas de formação em IA
  • Cinco em cada dez trabalhadores europeus acredita que a IA já está a influenciar o seu trabalho e 38% espera assistir a um aumento notável da influência desta tecnologia na sua atividade laboral nos próximos três anos 
  • Quase metade dos gestores (45%) na Europa afirma que a IA já conduziu a poupanças de custos, a um aumento dos lucros - ou a ambos

LISBOA, 09 DE JULHO DE 2024 – Os trabalhadores portugueses são os que mais acreditam no desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) na Europa com 86% dos inquiridos a nível nacional a considerarem esta tecnologia promissora. Esta é uma das principais conclusões do EY AI Experience, um inquérito realizado a mais de 4000 trabalhadores em nove países europeus de forma representativa, incluindo mais de duas centenas de portugueses. O mais recente estudo da EY revela que os portugueses acompanham a tendência europeia com oito em cada dez inquiridos a confessarem estar globalmente satisfeitos com a experiência e desempenho que obtêm ao trabalhar com ferramentas de IA. Mais de metade dos trabalhadores nacionais envolvidos neste estudo afirma que recorre a IA frequentemente, mas apenas 33% dos utilizadores o podem fazer sem qualquer restrição por parte das empresas. Quando analisada a visão das empresas neste domínio, 31% dos trabalhadores portugueses manifestam desconhecer o posicionamento da sua entidade patronal, enquanto 23% consideram que a sua empresa não tem abertura para incluir a IA no seu quotidiano. Esta tendência contribui para o sentimento da larga maioria dos trabalhadores nacionais (86%) de que a sua empresa investe insuficientemente em programas de formação em Inteligência Artificial

 

Num cenário empresarial cada vez mais competitivo, a Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta poderosa, que lado a lado com trabalhadores qualificados, pode potenciar mais valias de produtividade para as empresas e a possibilidade de estas se posicionarem como líderes de mercado
Este é um caminho que tem de ser percorrido respeitando o papel crítico que a formação assume na melhoria das competências dos recursos humanos. Em Portugal, apenas 14% dos trabalhadores consideram suficiente a formação e auxílio que recebem por parte das empresas para desempenhar as suas funções com recurso a inteligência artificial. Este número deve levar os gestores nacionais a uma importante reflexão, implementando nas suas realidades organizacionais programas de formação em IA adaptados às necessidades específicas de cada função que resultem na integração bem-sucedida desta tecnologia nas suas operações

A nível europeu, 72% dos inquiridos assumem ter experiência prática com IA, registando-se a maior parte da utilização da tecnologia somente na sua vida privada (38%) e não apenas no trabalho (12%). No contexto empresarial, quase metade dos gestores europeus afirma que a IA conduziu a sua empresa a poupanças de custos e/ou aumento dos lucros. A percentagem de trabalhadores que assumem já ter recorrido a ferramentas de IA é mais elevada em Espanha (84%), seguida da Suíça (82%) e de Itália (77%). Portugal surge em quarto lugar desta tabela que apresenta como utilizadores menos comuns os trabalhadores dos Países Baixos (66%) e da Alemanha (67%). Em média, na Europa, cinco em cada dez inquiridos acreditam que a IA já está a influenciar o seu trabalho e 38% espera assistir a um aumento notável da influência das aplicações de IA na sua atividade laboral nos próximos três anos. A maioria assume que a IA irá substituir por completo o trabalho humano, pelo menos em determinadas áreas, uma perceção fortemente consensual entre os trabalhadores portugueses (78%). A análise da EY revela que os homens (75%) utilizam mais frequentemente esta tecnologia do que as mulheres (70%) e demonstra ainda evidentes diferenças quando comparada a permissão do uso de IA por parte das empresas para gestores (73%) e para trabalhadores não executivos (43%).

Duas em cada três pessoas pensam que a IA substituirá postos de trabalho

Quando questionados sobre se a utilização da IA conduzirá à perda de postos de trabalho, as opiniões divergem bastante entre os vários países europeus inquiridos. No geral, 68% dos acredita que, mediante o aumento da abrangência de disponibilidade e acesso a sistemas de IA, serão necessários menos postos de trabalho. Esta percentagem é particularmente elevada em Portugal (80%), Espanha (78%), Itália (76%) e Bélgica (74%). Em oposição, a preocupação com a perda de postos de trabalho por imposição da IA é um ligeiramente inferior na Suíça (52%), na Alemanha (59%) e nos Países Baixos (64%). De acordo com os resultados do estudo desenvolvido pela EY, a larga maioria dos inquiridos evidencia insatisfação com o nível de formação em Inteligência Artificial recebido por parte da sua entidade patronal (80%). Neste domínio, Portugal destaca-se pela negativa, registando apenas 14% de inquiridos que consideram suficiente a formação que recebem por parte das empresas para desempenharem as suas funções com recurso a inteligência artificial. Em sentido inverso, o país que lidera esta lista é a Suíça, em que 36% afirmam que o seu empregador concede formação suficiente. O estudo destaca ainda que a maioria dos trabalhadores pretende formação presencial e workshops (43%), seguidos de cursos online (38%). Perante este cenário, em muitos casos, são os próprios trabalhadores a procurar autonomamente formação, seja a nível privado ou profissional. A aprendizagem autónoma para melhor trabalhar com ferramentas de IA está mais generalizada na Suíça (60%), Itália (54%) e Espanha (54%). Em Portugal, os trabalhadores são menos propensos a recorrer à autoeducação para melhor uso da IA (40%). 

A IA já está a ajudar as empresas a reduzir custos e a aumentar os lucros

Em toda a Europa, quase metade dos gestores (45%) afirma que a utilização da IA lhes permitiu poupar custos, aumentar os lucros ou ambos, descrevendo como benéfica a introdução da Inteligência Artificial na sua empresa. Medido por estes dois critérios, a implementação de IA até à data tem sido mais bem-sucedida na Suíça, onde 81% dos gestores tiveram uma experiência positiva com esta tecnologia. A percentagem de gestores otimistas também está acima da média em Espanha (60%) e Itália (57%). Em Portugal, os gestores estão menos impressionados com esta revolução tecnológica (39%). Quando questionados sobre as potencialidades futuras da Inteligência Artificial no setor em que se inserem, os trabalhadores dos serviços financeiros e da tecnologia, dos meios de comunicação social e das telecomunicações são os mais otimistas (82%), seguidos dos inquiridos que desempenham funções nos setores da energia (80%), do fabrico avançado e mobilidade (77%), da agricultura (73%) e dos seguros (72%). O EY AI Experience esclarece ainda que 38% dos inquiridos afirmam que o investimento em IA é uma prioridade máxima para as empresas onde trabalham, uma perceção mais frequente entre os trabalhadores da Suíça (57%), Espanha (54%), Itália (48%) e França (46%). 

Aceda ao estudo completo

Para saber mais informações, contacte: Rosália Amorim

Telma Franco

 

Sobre a EY
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