Comunicado de Imprensa

9 jul 2024 Lisbon, PT

Trabalhadores portugueses Acreditam na inteligência artificial

Trabalhadores portugueses Acreditam na inteligência artificial, Mas reclamam falta de formação nas empresas

Contacto de imprensa
EY Portugal

Firma de serviços profissionais multidisciplinares

  • Resultados do EY AI Experience in Europe indicam que 86% dos trabalhadores portugueses consideram promissor o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), o valor mais alto entre os países europeus 
  • A larga maioria dos trabalhadores portugueses considera que a sua empresa investe insuficientemente nos programas de formação em IA
  • Cinco em cada dez trabalhadores europeus acredita que a IA já está a influenciar o seu trabalho e 38% espera assistir a um aumento notável da influência desta tecnologia na sua atividade laboral nos próximos três anos 
  • Quase metade dos gestores (45%) na Europa afirma que a IA já conduziu a poupanças de custos, a um aumento dos lucros - ou a ambos 

LISBOA, 09 DE JULHO DE 2024 – Os trabalhadores portugueses são os que mais acreditam no desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) na Europa com 86% dos inquiridos a nível nacional a considerarem esta tecnologia promissora. Esta é uma das principais conclusões do EY AI Experience, um inquérito realizado a mais de 4000 trabalhadores em nove países europeus de forma representativa, incluindo mais de duas centenas de portugueses. O mais recente estudo da EY revela que os portugueses acompanham a tendência europeia com oito em cada dez inquiridos a confessarem estar globalmente satisfeitos com a experiência e desempenho que obtêm ao trabalhar com ferramentas de IA. Mais de metade dos trabalhadores nacionais envolvidos neste estudo afirma que recorre a IA frequentemente, mas apenas 33% dos utilizadores o podem fazer sem qualquer restrição por parte das empresas. Quando analisada a visão das empresas neste domínio, 31% dos trabalhadores portugueses manifestam desconhecer o posicionamento da sua entidade patronal, enquanto 23% consideram que a sua empresa não tem abertura para incluir a IA no seu quotidiano. Esta tendência contribui para o sentimento da larga maioria dos trabalhadores nacionais (86%) de que a sua empresa investe insuficientemente em programas de formação em Inteligência Artificial

 

Num cenário empresarial cada vez mais competitivo, a Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta poderosa, que lado a lado com trabalhadores qualificados, pode potenciar mais valias de produtividade para as empresas e a possibilidade de estas se posicionarem como líderes de mercado
Avança Sérgio Alves Ferreira
Partner, Consumer Products and Retail Leader da EY Portugal
Este é um caminho que tem de ser percorrido respeitando o papel crítico que a formação assume na melhoria das competências dos recursos humanos. Em Portugal, apenas 14% dos trabalhadores consideram suficiente a formação e auxílio que recebem por parte das empresas para desempenhar as suas funções com recurso a inteligência artificial. Este número deve levar os gestores nacionais a uma importante reflexão, implementando nas suas realidades organizacionais programas de formação em IA adaptados às necessidades específicas de cada função que resultem na integração bem-sucedida desta tecnologia nas suas operações
EY Portugal

A nível europeu, 72% dos inquiridos assumem ter experiência prática com IA, registando-se a maior parte da utilização da tecnologia somente na sua vida privada (38%) e não apenas no trabalho (12%). No contexto empresarial, quase metade dos gestores europeus afirma que a IA conduziu a sua empresa a poupanças de custos e/ou aumento dos lucros. A percentagem de trabalhadores que assumem já ter recorrido a ferramentas de IA é mais elevada em Espanha (84%), seguida da Suíça (82%) e de Itália (77%). Portugal surge em quarto lugar desta tabela que apresenta como utilizadores menos comuns os trabalhadores dos Países Baixos (66%) e da Alemanha (67%). Em média, na Europa, cinco em cada dez inquiridos acreditam que a IA já está a influenciar o seu trabalho e 38% espera assistir a um aumento notável da influência das aplicações de IA na sua atividade laboral nos próximos três anos. A maioria assume que a IA irá substituir por completo o trabalho humano, pelo menos em determinadas áreas, uma perceção fortemente consensual entre os trabalhadores portugueses (78%). A análise da EY revela que os homens (75%) utilizam mais frequentemente esta tecnologia do que as mulheres (70%) e demonstra ainda evidentes diferenças quando comparada a permissão do uso de IA por parte das empresas para gestores (73%) e para trabalhadores não executivos (43%).

Duas em cada três pessoas pensam que a IA substituirá postos de trabalho

Quando questionados sobre se a utilização da IA conduzirá à perda de postos de trabalho, as opiniões divergem bastante entre os vários países europeus inquiridos. No geral, 68% dos acredita que, mediante o aumento da abrangência de disponibilidade e acesso a sistemas de IA, serão necessários menos postos de trabalho. Esta percentagem é particularmente elevada em Portugal (80%), Espanha (78%), Itália (76%) e Bélgica (74%). Em oposição, a preocupação com a perda de postos de trabalho por imposição da IA é um ligeiramente inferior na Suíça (52%), na Alemanha (59%) e nos Países Baixos (64%). De acordo com os resultados do estudo desenvolvido pela EY, a larga maioria dos inquiridos evidencia insatisfação com o nível de formação em Inteligência Artificial recebido por parte da sua entidade patronal (80%). Neste domínio, Portugal destaca-se pela negativa, registando apenas 14% de inquiridos que consideram suficiente a formação que recebem por parte das empresas para desempenharem as suas funções com recurso a inteligência artificial. Em sentido inverso, o país que lidera esta lista é a Suíça, em que 36% afirmam que o seu empregador concede formação suficiente. O estudo destaca ainda que a maioria dos trabalhadores pretende formação presencial e workshops (43%), seguidos de cursos online (38%). Perante este cenário, em muitos casos, são os próprios trabalhadores a procurar autonomamente formação, seja a nível privado ou profissional. A aprendizagem autónoma para melhor trabalhar com ferramentas de IA está mais generalizada na Suíça (60%), Itália (54%) e Espanha (54%). Em Portugal, os trabalhadores são menos propensos a recorrer à autoeducação para melhor uso da IA (40%). 

A IA já está a ajudar as empresas a reduzir custos e a aumentar os lucros

Em toda a Europa, quase metade dos gestores (45%) afirma que a utilização da IA lhes permitiu poupar custos, aumentar os lucros ou ambos, descrevendo como benéfica a introdução da Inteligência Artificial na sua empresa. Medido por estes dois critérios, a implementação de IA até à data tem sido mais bem-sucedida na Suíça, onde 81% dos gestores tiveram uma experiência positiva com esta tecnologia. A percentagem de gestores otimistas também está acima da média em Espanha (60%) e Itália (57%). Em Portugal, os gestores estão menos impressionados com esta revolução tecnológica (39%). Quando questionados sobre as potencialidades futuras da Inteligência Artificial no setor em que se inserem, os trabalhadores dos serviços financeiros e da tecnologia, dos meios de comunicação social e das telecomunicações são os mais otimistas (82%), seguidos dos inquiridos que desempenham funções nos setores da energia (80%), do fabrico avançado e mobilidade (77%), da agricultura (73%) e dos seguros (72%). O EY AI Experience esclarece ainda que 38% dos inquiridos afirmam que o investimento em IA é uma prioridade máxima para as empresas onde trabalham, uma perceção mais frequente entre os trabalhadores da Suíça (57%), Espanha (54%), Itália (48%) e França (46%). 

 

Aceda ao estudo completo

 

Para saber mais informações, contacte: Rosália Amorim

Rosália Amorim

 

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