A nível europeu, 72% dos inquiridos assumem ter experiência prática com IA, registando-se a maior parte da utilização da tecnologia somente na sua vida privada (38%) e não apenas no trabalho (12%). No contexto empresarial, quase metade dos gestores europeus afirma que a IA conduziu a sua empresa a poupanças de custos e/ou aumento dos lucros. A percentagem de trabalhadores que assumem já ter recorrido a ferramentas de IA é mais elevada em Espanha (84%), seguida da Suíça (82%) e de Itália (77%). Portugal surge em quarto lugar desta tabela que apresenta como utilizadores menos comuns os trabalhadores dos Países Baixos (66%) e da Alemanha (67%). Em média, na Europa, cinco em cada dez inquiridos acreditam que a IA já está a influenciar o seu trabalho e 38% espera assistir a um aumento notável da influência das aplicações de IA na sua atividade laboral nos próximos três anos. A maioria assume que a IA irá substituir por completo o trabalho humano, pelo menos em determinadas áreas, uma perceção fortemente consensual entre os trabalhadores portugueses (78%). A análise da EY revela que os homens (75%) utilizam mais frequentemente esta tecnologia do que as mulheres (70%) e demonstra ainda evidentes diferenças quando comparada a permissão do uso de IA por parte das empresas para gestores (73%) e para trabalhadores não executivos (43%).
Duas em cada três pessoas pensam que a IA substituirá postos de trabalho
Quando questionados sobre se a utilização da IA conduzirá à perda de postos de trabalho, as opiniões divergem bastante entre os vários países europeus inquiridos. No geral, 68% dos acredita que, mediante o aumento da abrangência de disponibilidade e acesso a sistemas de IA, serão necessários menos postos de trabalho. Esta percentagem é particularmente elevada em Portugal (80%), Espanha (78%), Itália (76%) e Bélgica (74%). Em oposição, a preocupação com a perda de postos de trabalho por imposição da IA é um ligeiramente inferior na Suíça (52%), na Alemanha (59%) e nos Países Baixos (64%). De acordo com os resultados do estudo desenvolvido pela EY, a larga maioria dos inquiridos evidencia insatisfação com o nível de formação em Inteligência Artificial recebido por parte da sua entidade patronal (80%). Neste domínio, Portugal destaca-se pela negativa, registando apenas 14% de inquiridos que consideram suficiente a formação que recebem por parte das empresas para desempenharem as suas funções com recurso a inteligência artificial. Em sentido inverso, o país que lidera esta lista é a Suíça, em que 36% afirmam que o seu empregador concede formação suficiente. O estudo destaca ainda que a maioria dos trabalhadores pretende formação presencial e workshops (43%), seguidos de cursos online (38%). Perante este cenário, em muitos casos, são os próprios trabalhadores a procurar autonomamente formação, seja a nível privado ou profissional. A aprendizagem autónoma para melhor trabalhar com ferramentas de IA está mais generalizada na Suíça (60%), Itália (54%) e Espanha (54%). Em Portugal, os trabalhadores são menos propensos a recorrer à autoeducação para melhor uso da IA (40%).
A IA já está a ajudar as empresas a reduzir custos e a aumentar os lucros
Em toda a Europa, quase metade dos gestores (45%) afirma que a utilização da IA lhes permitiu poupar custos, aumentar os lucros ou ambos, descrevendo como benéfica a introdução da Inteligência Artificial na sua empresa. Medido por estes dois critérios, a implementação de IA até à data tem sido mais bem-sucedida na Suíça, onde 81% dos gestores tiveram uma experiência positiva com esta tecnologia. A percentagem de gestores otimistas também está acima da média em Espanha (60%) e Itália (57%). Em Portugal, os gestores estão menos impressionados com esta revolução tecnológica (39%). Quando questionados sobre as potencialidades futuras da Inteligência Artificial no setor em que se inserem, os trabalhadores dos serviços financeiros e da tecnologia, dos meios de comunicação social e das telecomunicações são os mais otimistas (82%), seguidos dos inquiridos que desempenham funções nos setores da energia (80%), do fabrico avançado e mobilidade (77%), da agricultura (73%) e dos seguros (72%). O EY AI Experience esclarece ainda que 38% dos inquiridos afirmam que o investimento em IA é uma prioridade máxima para as empresas onde trabalham, uma perceção mais frequente entre os trabalhadores da Suíça (57%), Espanha (54%), Itália (48%) e França (46%).
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Rosália Amorim
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