Os líderes seniores inquiridos no âmbito do estudo da EY admitem que estão a ter dificuldades em enfrentar a dimensão do desafio da DEI nas suas organizações. Alguns líderes seniores estão demasiado otimistas em relação à realidade do desempenho da sua organização em matéria de DEI. O estudo revela perspetivas divergentes entre gestores e não gestores no que respeita aos esforços de DEI, reforçando que o envolvimento da liderança é fundamental para qualquer iniciativa de mudança organizacional e que a inclusão da DEI na agenda das administrações, a médio prazo, e a melhoria da diversidade da gestão, são fundamentais para o progresso sustentado da DEI.
O presente e o futuro da DEI: soluções para o progresso
O relatório da EY revela que as organizações líderes em matéria de DEI investem, em média, anualmente, 5,45 milhões de euros em iniciativas DEI, mais 25% do que as restantes empresas, que gastam, em média, 4,35 milhões de euros. Para canalizar o investimento para onde ele é mais eficaz, investindo mais e melhor, é necessário melhorar a medição do impacto na DEI. Isto inclui a adoção de métricas sobre a diversidade dos trabalhadores e o pipeline de talentos, bem como a perceção da inclusão, assim como a análise e utilização da informação dos dados para direcionar os recursos para as áreas onde o progresso é lento e onde o aumento das despesas produzirá um impacto mensurável.
De acordo com os dados do Índice DEI Europeu da EY, 54% das empresas líderes em DEI já têm processos transparentes de avaliação de desempenho e do salário, quando comparados com as restantes empresas, em que apenas 34% afirmam possuir estas métricas. A solução passa por uma maior transparência das decisões em matéria de remuneração e promoção, de modo que possam ser contestadas e os decisores responsabilizados.
Em 16% das empresas líderes em DEI, os responsáveis pela DEI reportam diretamente ao conselho de administração, o que compara com 12% noutras organizações. Dar ao conselho de administração total visibilidade do trabalho da DEI desenvolvido na organização e assegurar a sua contribuição para os programas da DEI, desafiando os executivos a irem mais longe e de forma mais acelerada pode ser uma das ações essenciais para o progresso sustentado da DEI.
No âmbito do Índice DEI Europeu da EY foram inquiridos 1800 colaboradores em nove países da Europa: Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha e Suíça. Metade dos inquiridos ocupa cargos de gestão ou superior, enquanto outra metade desempenha funções de não gestão. 86% das empresas são consideradas “Grandes”, por possuírem 250 colaboradores ou mais e atuam nos setores do Retalho, Ciências da vida e da saúde, Tecnologia, Alojamento e Serviços Financeiros.
Aceda ao estudo completo:
Índice DEI Europeu da EY
Telma Franco
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