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Moçambique e o advento da computação na núvem

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A utilização da cloud já não representa uma aspiração das organizações, é uma directiva. Transformações e optimizações alavancadas em tecnologias cloud é o novo normal.

Outro mito é que a utilização da cloud representa um custo elevado, quando na realidade, poderá ajudar as organizações a reduzir custos de hardware e manutenção (caso exista o dimensionamento e know-how correcto).

Há também quem advoge que a migração para a cloud é fácil e rápida. No entanto, esta migração pode não ser tão rápida e fácil como parece devido às complexidades como transferência de dados e as necessidades de transformação tecnológica. Aqui o planeamento e a definição da estratégia correcta de migração são essenciais.

Por ultimo existe igualmente o mito que as soluções Cloud são menos fidedignas do que soluções on-premise. Na realidade, os serviços de cloud, tipicamente apresentam Service Level Agreement (SLA) mais elevados e que garantem maior nível de disponibilidade (~99,9% em alguns casos).

Neste contexto algumas empresas têm dado preferência à utilização de ambientes híbridos (publicos e privados) para aumentar o controlo sobre a infrastrutura e os dados. Embora a cloud privada seja mais cara permite manter os dados sobre jurisdições específicas. As organizações estão igualmente a optar por utilizar data centers na mesma região onde operam para aderir a regulamentos locais.

O controlo e regulação sobre a utilização da cloud é um tópico de crescente debate. Com o aumento da utilização de serviços cloud, preocupações de cibersegurança e contexto geopolítico as organizações têm vindo a implementar um conjunto de estratégias e acções para irem ao encontro da regulação e preocupações sobre a soberania dos dados.

No contexto de Moçambique, é de salientar que o Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação, IP. (INTIC) e a Associação Moçambicana de Bancos celebraram no recentemente um Memorando de Entendimento com vista a elaboração do Regulamento para a Computação em Nuvem de Moçambique. Este regulamento é essencial para a introdução deste tipo de tecnologia e paradigamas no País uma vez que a evolução para serviços Cloud gera desafios na interpretação, governação e implementação da regulamentação nacional e cria a necessidade de clarificação das implicações legais deste modelo.

Os temas à computação na nuvem  foram alvo de debate do primeiro almoço do EY Digital Club que visa ser um espaço de debate entre líderes com responsabilidades na esfera das TIs e do Digital. Com esta iniciativa, a EY pretende apresentar insights e pontos de vista desafiantes sobre como a transformação digital está a impactar os vários sectores de actividade. É também uma oportunidade para conhecer casos de estudo de empresas que estão a liderar nos seus mercados através da criação de produtos, serviços ou experiências desenvolvidas de raiz para um mundo digital e que possa ser pensada a sua introdução ou desenvolvimento no contexto de Moçambique.

Fazem cada vez mais falta estes forúns de discussão que permitem pensar soluções consensuais para o desenvolvimento do País e para que este consiga dar saltos qualitativos na transformação digital dos sectores publicos e privados.

É essencial todos nós fazermos a nossa quota parte neste importante desafio que é crucial para o desenvolvimento económico e social de Moçambique. Está preparado para isso?

artigo escrito por Bruno Dias, EY Consulting Leader, e David Gonçalves, EY Partner, Technology Consulting

Resumo

O controlo e regulação sobre a utilização da cloud é um tópico de crescente debate. Com o aumento da utilização de serviços cloud, preocupações de cibersegurança e contexto geopolítico as organizações têm vindo a implementar um conjunto de estratégias e acções para irem ao encontro da regulação e preocupações sobre a soberania dos dados.

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